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Capital

Cliente para no hospital ao comer lanche com fios de escova em fast food

Rafael Ribeiro | 27/03/2017 11:47
Escovas apreendidas pela polícia: uma delas soltou a cerda que entalou na garganta da vítima (Foto: Reprodução)
Escovas apreendidas pela polícia: uma delas soltou a cerda que entalou na garganta da vítima (Foto: Reprodução)
Cerda extraída da garganta da vítima após endoscopia e analisada pela perícia
Cerda extraída da garganta da vítima após endoscopia e analisada pela perícia

O chapeiro e o gerente da unidade do Habib’s na Avenida Afonso Pena, na região central de Campo Grande, foram indiciados por policiais civis da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) após um cliente, de 24 anos, ficar com uma cerda de metal de uma escova de limpeza ficar entalada em sua garganta, no último dia 7.

Segundo a polícia, o corpo estranho estava em um beirute que Daniel de Lima comeu na ocasião. Familiares relataram na ocasião que a vitima sofreu engasgamento seguido de náuseas intensas, tendo que ser submetido a uma endoscopia para retirada da cerda no pronto-socorro para onde foi levado.

“É uma situação gravíssima”, destacou o delegado Elton de Campos Galindo, responsável pelo inquérito do caso. “Antes de tudo foi uma falta de respeito e atenção, uma imprudência, poderia ter sido uma criança, a vítima poderia estar morta agora, sufocada. É uma coisa muito séria que exigiu nossa atenção”, completou.


Depois de permanecer três dias internado, Lima foi à Decon registrar o boletim de ocorrência. Desde então, os policiais apreenderam três escovas com cerdas de aço utilizadas para a limpeza da chapa de preparo dos sanduíches.


A decisão de indiciar os responsáveis pela chapa e pelo estabelecimento parte depois da perícia confirmar a compatibilidade da cerca recolhida da garganta da vítima com as escovas apreendidas no local.


Segundo Galindo, o indiciamento inicial dos dois será por crime contra as relações de consumo e incolumidade física do consumidor, além de negligência, cujas penas podem chegar a até seis anos de prisão se somadas.


“Estou aguardando apenas o laudo da Vigilância Sanitária para decidir a conclusão do inquérito. Se o uso dessas escovas para limpeza da chapa foi permitido, o indiciamento será apenas esse mesmo. Senão vamos ampliar as denúncias”, disse Galindo.

A assessoria de imprensa do Habib's foi procurada por meio de em-mail pelo Campo Grande News mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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