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Capital

Com polícia na porta, escola de aluno afastado após ameaça mantém rotina

Mesmo aflitos, pais decidiram levar os filhos para as aulas no Paulo Freire, colégio da rede privada de Campo Grande

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 12/04/2019 07:42
Viatura da Polícia Civil estacionada em frente à escola; policiais acompanham a chegada dos alunos de dentro do colégio (Foto: Henrique Kawaminami)
Viatura da Polícia Civil estacionada em frente à escola; policiais acompanham a chegada dos alunos de dentro do colégio (Foto: Henrique Kawaminami)

Mesmo aflitos, pais decidiram levar os filhos para as aulas na Escola Paulo Freire, onde uma suposta ameaça de atentado virou caso de polícia e grupo de pais pressionou a direção pela expulsão de estudante. Nesta sexta-feira (12), policiais civis acompanham a chegada das crianças e adolescentes, mas a tentativa é de manter a rotina normal.

Pai de estudante do 8º ano, que pediu para que os nomes fossem preservados, foi até a porta da escola com a filha. “Tranquilo eu não estou. Tudo isso é uma bomba armada que nunca sabe a hora que pode acontecer algo. A presença da polícia inibe algo que possa acontecer agora, mas o que precisa é de trabalho futuro, acompanhamento”.

Outra mãe, que falou brevemente com a reportagem, foi até a sala de aula com a filha e confessa que chegou a pensar em não leva-la hoje, mas a escola a tranquilizou. “Foi conversar com a professora”.

Uma terceira entrevistada, que também não quis revelar a identidade, contou que na contramão dos pais que querem a expulsão do aluno do 7º ano que teria feito uma lista com nomes de alunos, funcionários e professores alvos dele, outro grupo de mães decidiu que tomará medida para apoiar o garoto no tratamento. O menino está afastado e a escola indicou que o mesmo passe por acompanhamento psicológico. “Nossos filhos vão escrever cartinhas para ele”.

Na escola, a reportagem tentou nova entrevista com a diretora Adelina Maria Avesani Spengler, sobre a presença da polícia e a retomada da rotina, mas ela não estava no local. Nenhum outro funcionário quis falar com a reportagem.

Movimentação em frente à escola, mais tranquila após a entrada dos alunos nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Movimentação em frente à escola, mais tranquila após a entrada dos alunos nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Caso de polícia – Nesta quinta-feira (11), pais foram à escola para reunião coma direção e pedir que o aluno do 7º fosse expulso. Um grupo com outros 6 pessoas procurou a polícia para denunciar a ameaça de massacre.

Ontem, na frente da escola, uma mãe, que não quis revelar o nome, contou à reportagem que na quarta-feira (10), o estudante de 11 anos teria avisado uma amiga para que ela não fosse à aula. A aluna, por sua vez, contou aos pais que o menino tinha revelado ter a intenção de matar alguns alunos, funcionários e professores do colégio e então, a notícia se espalhou.

O estudante diz ser alvo de bullying por estar acima do peso, segundo esta mãe.

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