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Capital

Concessionária pede liminar para livrar BR-163 de novos bloqueios

Na última quinta-feira, a rodovia foi fechada por cinco horas, com congestionamento de seis quilômetros

Aline dos Santos | 15/07/2019 10:50
Fotografia anexada pela CCR ao processo mostra bloqueio da BR-163 no dia 11 de julho. (Foto: Reprodução)
Fotografia anexada pela CCR ao processo mostra bloqueio da BR-163 no dia 11 de julho. (Foto: Reprodução)

A CCR MS Via pede liminar para que os moradores da invasão da área da Homex sejam impedidos de bloquear a BR-163, administrada pela concessionária. Na última quinta-feira (dia 11), a rodovia foi fechada por cinco horas, com congestionamento de seis quilômetros. O grupo protestava contra o corte de “gatos”, ligações irregulares de energia elétrica.

No dia seguinte, sexta-feira (dia 12), a CCR entrou com processo de interdito proibitório na 2ª Vara Cível de Campo Grande. O pedido é de liminar para “obstar de imediato qualquer bloqueio e/ou invasão pelos demandados na rodovia BR 163/MS”. Caso ocorra a invasão, a CCR solicita que seja autorizada reintegração e a retirada imediata dos manifestantes da rodovia.

Segundo a concessionária, a população não pode ficar à espera da boa vontade dos moradores do empreendimento inacabado da empresa Homex para estabelecer quando e como poderá ser utilizada a BR-163/MS. A Justiça ainda não decidiu sobre o pedido da CCR MS Via.

Na quinta-feira, cerca de 500 pessoas interditaram o anel viário. O Campo Grande News noticiou que passageiros de ônibus seguiram viagem a pé, enquanto caminhoneiros ficaram retidos na mobilização. Representantes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Defensoria Pública foram ao local e negociaram o fim do protesto.

De projeto milionário à invasão - A área onde teve corte dos “gatos” pela Energisa fica localizada no Jardim Centro-Oeste e é remanescente do projeto milionário da Homex, que veio a Campo Grande com a promessa de construir três mil casas.

Moradores de área invadida bloquearam o anel viário de Campo Grande em protesto. (Foto: Clayton Neves)
Moradores de área invadida bloquearam o anel viário de Campo Grande em protesto. (Foto: Clayton Neves)

A chegada foi precedida por tensão entre a prefeitura e a Câmara Municipal. O ano era 2010 e um projeto para permitir a vinda do grupo, que anunciou investimento de R$ 200 milhões, foi votado com trâmite acelerado.

As mudanças eram para reduzir o tamanho mínimo do terreno, passando de 360 para 250 metros quadrados e aumento da quantidade de casas por condomínio. Mas, já em 2013, o projeto foi abandonado. Depois, os terrenos da empresa, que receberiam os residenciais, foram invadidos.

No mês de abril, o Campo Grande News mostrou a grande preocupação dos moradores, da ala dos que não se valem da gambiarra, com o número de ligações irregulares. A situação comprometia a segurança, com sobrecarga na rede, danos em equipamentos, risco de choques elétricos e curto circuitos.

Os moradores pedem a regularização do fornecimento de energia elétrica e água.
Quem comprou os apartamentos e mora nos imóveis concluídos também enfrentou problemas e ações cobram indenização da Homex e da Caixa Econômica Federal.

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