Condenado a 17 anos homem que matou mulher trans por briga no “Tigrinho”
Douglas Mikael terá de cumprir pena em regime fechado e pagar R$ 10 mil à família da vítima
Condenado a 17 anos e 6 meses de prisão, Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani, de 31 anos, foi considerado culpado pelo assassinato de Maria Eduarda, mulher trans de 34 anos, morta a facadas após discussão por causa do jogo do “Tigrinho”. O crime aconteceu em agosto do ano passado, no Jardim das Meninas, em Campo Grande.
RESUMO
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Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de Maria Eduarda, mulher trans de 34 anos, em Campo Grande. O crime ocorreu em agosto de 2022, após uma discussão sobre pagamento de prêmio do jogo "Tigrinho". O réu ganhou R$ 800 jogando na conta da vítima, que repassou apenas R$ 600. Inconformado com a dívida restante de R$ 200, Mikael assassinou Maria Eduarda a facadas. Além da pena em regime fechado, ele deverá pagar indenização de R$ 10 mil aos familiares da vítima.
A sentença foi proferida no final da manhã desta quarta-feira (8), ao fim do julgamento no Tribunal do Júri da Capital, presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos. O réu não poderá recorrer em liberdade e também deverá pagar indenização mínima de R$ 10 mil aos familiares da vítima.
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Durante o interrogatório, Mikael negou o crime e disse que, no dia dos fatos, havia sofrido um acidente e estava com dor. Segundo ele, a discussão com a esposa teria ocorrido porque ele queria ir até a casa de Maria Eduarda para usar drogas, o que a companheira recusou. O réu afirmou que deixou o local e só soube da morte da vítima horas depois.
O crime — A versão apresentada por Mikael foi contestada pelo Ministério Público e pelas provas reunidas pela Polícia Civil. Conforme a investigação, o crime ocorreu após uma discussão motivada pelo jogo do “Tigrinho”.
O réu teria jogado na conta de Maria Eduarda, que possuía um cartão de crédito cadastrado na plataforma, e ganhou R$ 800. A vítima repassou R$ 600 e ficou devendo R$ 200. Inconformado, Mikael acreditou que ela não pagaria o restante e a matou a golpes de faca.
Testemunhas contaram ter visto o acusado com a arma nas mãos ao entrar e sair da casa. A faca foi encontrada no dia seguinte por crianças que brincavam na rua. Momentos antes de morrer, Maria Eduarda enviou um áudio à irmã dizendo que estava com medo de ser morta por causa da dívida.
Com a condenação, Douglas Mikael seguirá preso e cumprirá a pena em regime fechado.
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