Corpo no inferninho é de motorista desaparecido com moto há nove dias
Foi identificado como sendo do motorista José Ferreira Dias Sobrinho, 50 anos, o corpo encontrado em avançado estado de decomposição na cachoeira inferninho, no final da tarde de domingo (12), em Campo Grande. A vítima, morta a tiros, estava desaparecida desde o dia 4 de abril e foi reconhecida visualmente na manhã de ontem (13) pelo filho. Para a polícia, ainda resta formalizar a identificação por meio do exame das impressões digitais, para que a partir de então o crime seja investigado.
Segundo o delegado Alexandre Amaral Evangelista, da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, responsável pelo caso, a hipótese inicial é de homicídio doloso, no entanto, não é descartado roubo seguido de morte, já que na última vez em que José foi visto ele estava pilotando uma moto Honda CG Fan ES vermelha que ainda não foi encontrada. “Se a moto não aparecer, pode ser configurado crime de latrocínio”, explicou Evangelista.
Reconhecimento – O filho reconheceu o pai por meio de um detalhe bem peculiar, a falta de um dos dedos dos pés. Ontem pela manhã ele foi até à DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) para denunciar o desaparecimento, quando foi informado do achado de um corpo na cachoeira localizada às margens da rodovia municipal CG-040.
Por telefone ele repassou algumas características aos peritos do IML (Instituo Médico Legal) que, por sua vez, confirmaram as suspeitas. O homem então foi ao local para fazer o reconhecimento visual e teve certeza, com a ajuda de algumas fotos, que se tratava do pai. “Aguardamos o resultado dos exames para termos a comprovação oficial. Se realmente for o motorista, partiremos para a apuração dos supostos crimes. Por outro lado, se não for ele, voltamos à estaca zero”, explicou o delegado.
A 2ª DP apura o ocorrido e poderá transferir o caso para a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos) se for confirmado o latrocínio para o roubo da moto. Ainda de acordo com a polícia, José trabalhava como motorista de transporte rodoviário e passava dias fora de casa. Por esta razão, o filho procurou a delegacia somente nove dias depois.