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Capital

Delegacia fez 7 mil atendimentos para livrar mulher da dependência financeira

Com relação a renda, 2.506 mulheres atendidas no ano passado estavam recebendo entre meio e 1 salário mínimo

Por Izabela Cavalcanti | 08/03/2024 11:49
Fachada da Casa da Mulher Brasileira, localizada no Jardim Imá (Foto: Henrique Kawaminami)
Fachada da Casa da Mulher Brasileira, localizada no Jardim Imá (Foto: Henrique Kawaminami)

A Casa da Mulher Brasileira realizou, no ano passado, 7,3 mil atendimentos que facilitaram os acessos e oportunidades ao mercado de trabalho. A informação consta no "Dossiê Mulher Campo-grandense", divulgado nesta sexta-feira, no Dia Internacional da Mulher.

O auxílio que conta com a parceria da Funsat (Fundação Social do Trabalho) inclui encaminhamentos ao mercado de trabalho, orientações, encaminhamentos ao Primt (Mercado de Trabalho), monitoramento de vagas, intermediação de mão de obra, cadastro novo, mulheres efetivadas no mercado de trabalho, atendimento via telefone, e qualificação profissional.

Se comparar com 2022, quando foram registrados 11,4 mil, os atendimentos caíram em 36,30%. O pico do ano passado foi em fevereiro, com 843 atendimentos, e o de 2022 ocorreu em julho, com 1.536.

Conforme consta no documento, muitas vítimas relatam que, ao casarem e terem filhos, deixaram de estudar para se dedicar à família. Aquelas que possuem baixa escolaridade e não tem experiência têm grandes dificuldades de ingressar no mercado de trabalho formal.

Atendimentos a mulheres vítimas de violência realizados pela Funsat (Foto: Reprodução/Dossiê Mulher Campo-grandense)
Atendimentos a mulheres vítimas de violência realizados pela Funsat (Foto: Reprodução/Dossiê Mulher Campo-grandense)

Renda - Com relação a renda, 2.506 mulheres atendidas no ano passado estavam recebendo entre meio e 1 salário mínimo (36,9%), seguidas das 2.003 que recebem mais de 1 até 3 salários mínimos (29,5%). Outras 1.461 não possuem nenhuma renda e representam 21,5% das atendidas.

Foi observado que a maioria reside nas periferias, principalmente nas regiões Imbirussu, Lagoa, Anhanduizinho e Segredo.

Mulheres com o Ensino Médio completo são as que mais foram acolhidas (36,3%), seguido do percentual de 17,5% de mulheres com Ensino Fundamental incompleto. As mulheres que informaram não ter escolaridade nenhuma somaram 1,1%.

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