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Capital

Delegado reforça que Playboy da Mansão se sentia jurado de morte por Jamilzinho

O primeiro plano era matar Marcel no presídio e Macelo Rios já teria recebido R$ 50 mil

Por Aline dos Santos e Dayene Paz | 16/09/2024 11:46
 Tiago Macedo no plenário do Tribunal do Júri, ele investigou "crimes de sangue" da Omertà. (Foto: Henrique Kawaminami)
 Tiago Macedo no plenário do Tribunal do Júri, ele investigou "crimes de sangue" da Omertà. (Foto: Henrique Kawaminami)

O delegado Tiago Macedo, primeiro a ser ouvido no segundo júri da operação Omertà, reforçou que Marcel Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, se sentia jurado de morte por Jaml Name Filho após briga em boate no ano de 2016.

Ainda de acordo com Macedo, que participou  de força-tarefa para investigar “crimes de sangue” em Campo Grande, o então guarda municipal teria recebido R$ 50 mil de Jamilzinho para que Marcel fosse morto dentro do sistema penitenciário quando foi preso por contrabando.

Diante dos jurados, o delegado reforçou que dados telemáticos mostram que Juanil Miranda (denunciado como autor dos disparos e que está foragido) e Marcelo Rios (braço direito de Jamilzinho) fizeram buscas incessantes sobre Marcel, dias antes do crime e após a execução.

Primeiro, Macedo, que é testemunha de acusação, declarou que a Polícia Civil formou força-tarefa com cinco delegados após série de execuções na Capital.

Delegado Tiago Macedo é testemunha da acusação e foi 1º a ser ouvido em júri. (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegado Tiago Macedo é testemunha da acusação e foi 1º a ser ouvido em júri. (Foto: Henrique Kawaminami)

Campo Grande virou praça de guerra. Com crimes mediantes pistolagem, arsenal bélico, fuzis, estrutura meticulosamente definida. Isso causou clamor na cidade, que é grande, mas pacífica e ordeira. Foi necessário tomar medida mais enérgica”, diz o delegado.

A briga entre Jamilzinho e Marcel foi em boate na Avenida Afonso Pena. Depois do desentendimento, o Playboy da Mansão foi para Cuiabá.

“A ex-esposa do Jamil Name Filho relatou à namorada de Marcel sobre a preocupação de que o ex-marido não deixaria a situação passar em branco. Marcel até tentou se desculpar, mas Jamilzinho demonstrou certo rancor. Marcel ficou uma temporada fora, mas acabou voltando porque achou que o terreno estava mais tranquilo”, diz o delegado.

De acordo com Macedo, Marcel se sentia jurado de morte por Jamil Name Filho. Inclusive, parentes dele foram ao escritório de Name para buscar entendimento, mas a situação não foi contornada. “A motivação nos parece muito firme e sólida. As provas que vieram da telemática colocam por terra outras vertentes”, afirma o delegado.

Segundo relato da esposa de Rios, que depois mudou de versão, o casal saiu de casa na noite em que Marcel foi executado para o marido colocar crédito num celular bombinha, chamado assim por ser descartado em seguida. Ele procurou a notícia do crime no Campo Grande News. Quando viu notícias da execução, Rios ligou para Jamilzinho.

“Dois dias antes do crime, o Juanil fez pesquisas incessantes por Marcel Colombo. Checou as redes sociais, o endereço do Marcel. Isso tudo dois dias antes do crime. No dia, ele checou o Instagram. O Marcel fez check-in na cachaçaria. O Juanil pesquisou o endereço do lugar, foto da cachaçaria, o endereço e como apagar conta do Instagram”.

A quebra do sigilo do celular mostra que Marcelo Rios fez 68 buscas em jornais da meia-noite e 41 minutos de 18 de outubro de 2018 (dia do crime) até 7h39 da manhã. Neste mesmo dia 18 de outubro, às 15h19, deslocou-se da casa de Jamil Name e Jamilzinho até a residência de José Freires, o Zezinho, no Jardim Colibri, onde ficou por oito minutos.

Na ocasião, Zezinho, outro pistoleiro da organização, usava tornozeleira e, segundo o delegado, não poderia ir à cena do crime. Zezinho foi morto em dezembro de 2020, numa troca de tiros com policiais, no Rio Grande do Norte.

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