Dentistas da Prefeitura anunciam greve por impasse judicial
Paralisação começa quarta-feira (17), mas mantém atendimentos de urgência e emergência
Os cirurgiões-dentistas que atuam na rede municipal de saúde de Campo Grande decidiram entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (17). A paralisação foi aprovada por unanimidade em assembleia da categoria e ocorre, segundo o sindicato, após o descumprimento de decisões judiciais por parte da prefeitura e a falta de condições adequadas de trabalho nas unidades de saúde.
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Conforme nota enviada à imprensa, o SIOMS (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) alega que a principal reivindicação é o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, determinado pela Justiça e ainda não cumprido pelo município. Além disso, os profissionais relatam problemas estruturais e falta de equipamentos básicos para o atendimento odontológico.
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O presidente do sindicato, David Chadid, afirma que houve diversas tentativas de negociação antes da decisão pela greve. “As propostas apresentadas não atendem os interesses da categoria. Não se trata apenas de salário, mas do cumprimento de decisões judiciais e de condições mínimas para atender a população”, disse.
Mesmo com a paralisação, o sindicato garante que parte dos atendimentos será mantida. Segundo Chadid, mais de 50% dos serviços odontológicos continuarão funcionando. “A lei exige a manutenção de 30%, mas optamos por 50% em consideração à população, que já sofre com a falta de insumos e equipamentos nas unidades”, afirmou.

Os atendimentos de urgência e emergência estão garantidos durante o período de greve. “Todo o processo está sendo conduzido dentro da legalidade. Os casos urgentes serão atendidos e os demais reorganizados”, explicou o presidente do Sioms. Ele voltou a citar problemas antigos, como a falta de compressores, que, segundo a categoria, já foram denunciados diversas vezes.
Para o sindicato, a greve pode ser evitada caso a prefeitura cumpra imediatamente as decisões judiciais e apresente soluções para as condições de trabalho. “Não é o cenário que queremos, mas sem o básico para trabalhar, não há como continuar”, reforçou Chadid.
A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para comentar a paralisação e as reivindicações da categoria, mas até o fechamento do texto não houve retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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