Depois de cachara e carpa gigante, alvo na Lagoa Itatiaia é "pintado da noite"
Vídeo mostra família pescando até uma carpa que morador diz ter jogado pequenininha na lagoa
Seja de longe ou de perto, desde que o vídeo de um homem que fisgou uma cachara na Lagoa Itatiaia viralizou nas redes sociais, o número de pescadores procurando por grandes peixes tem aumentado. Na tarde desta terça-feira (9), o Campo Grande News foi até o local e encontrou cerca de dez pessoas pescando no lugar, mesmo com o céu escuro, anunciando um temporal que minutos depois se confirmou.
O pescador desconhecido da cachara não foi o único surpreso ao pegar um peixão na lagoa. O autônomo Adriano da Silva, de 45 anos, jura que pescou uma carpa no mês passado, mas logo devolveu, garante. “Quem disse que não tem peixe na Lagoa Itatiaia?”, perguntou quem estava filmando o momento especial.
Mesmo morando no Bairro Universitário, que fica a cerca de 7 km da lagoa, Adriano diz que sempre vai ao local para pescar com os amigos, aos finais de semana, para ‘esfriar’ a cabeça. O autônomo ainda disse que o objetivo agora é conseguir pegar um pintado que foi visto durante a noite na última semana.
Durante a aparição, o pintado chegou a ser fotografado, por estar escuro, na imagem não dá para ver muito mais do que uma mancha branca. Mesmo com uma foto com pouca informação, os comentários que passaram de boca em boca aguçaram a curiosidade de muitos que agora esperam pescá-lo.
Um dos moradores da região diz ser o responsável pela variedade de peixes. Pedro Henrique Ferreira, de 41 anos, conta que começou a trabalhar com aquarismo após ter um problema no coração. Desde então, sempre que vai em algum rio pescar leva algumas espécies para colocar em seu aquário. Quando não dá para criar em casa, ele lança na Lagoa Itatiaia.
Com mais de 50 peixes em sua casa, o homem chega a percorrer mais de 12 km para pescar na Lagoa Itatiaia. O filho, de 4 anos, é companhia durante a busca pelo peixão.
Preparado, Pedro estava com duas varas de pesca, balde, pão e minhocas. O homem ainda explica que quando os peixes são muito pequenos, eles são usados como alimento para os peixes de seus aquários.
À reportagem, o tenente-coronel da PMA (Polícia Militar Ambiental) Ednilson Queiroz explicou que a prática de soltar peixes nativos na lagoa não se caracteriza como crime ambiental, o que não pode é introduzir espécies estranhas, como a carpa e o tucunaré.
Também há regras para os pescadores. “Só é crime quando você pesca acima da quantidade permitida, que aqui no Estado são um exemplar e cinco piranhas para pescador amador, em tamanho inferior ao permitido, em local proibido”.