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Capital

Diante de trânsito que já matou 46 este ano, campanha pede bom exemplo

Maioria dos acidentes acontece com motociclistas

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 16/09/2016 10:31
Avenida Gury Marques tem redutor de velocidade, mas, mesmo assim, é uma das vias onde mais ocorrem acidentes de trânsito. (Foto: Marcos Ermínio).
Avenida Gury Marques tem redutor de velocidade, mas, mesmo assim, é uma das vias onde mais ocorrem acidentes de trânsito. (Foto: Marcos Ermínio).
Diretor-presidente do Detran-MS, Gerson Claro, divulgou dados de acidentes em 2016. (Foto: Fernando Antunes).
Diretor-presidente do Detran-MS, Gerson Claro, divulgou dados de acidentes em 2016. (Foto: Fernando Antunes).

De janeiro a agosto deste ano, Campo Grande registrou 46 mortes no trânsito, a maioria envolvendo motociclistas, de acordo com o diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito em Mato Grosso do Sul), Gerson Claro.

O número é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, mas ainda chama a atenção e o governo promove campanha de conscientização e fiscalização, para tentar reduzir ainda mais. Este ano, o tema da Semana Nacional de Trânsito, cuja campanha foi lançada nesta sexta-feira (16), é "eu sou mais um por um trânsito mais seguro". 

Ainda segundo o diretor-presidente, em sete meses de 2015, 53 pessoas morreram no trânsito. “Em um ano, tivemos uma diminuição de 13%, o que já mostra o trabalho de conscientização que o governo e entidades vêm fazendo com os condutores”.

Entre as vias de Campo Grande, as mais críticas, onde há grande registro de acidentes, são as avenidas Afonso Pena, Júlio de Castilho, Ernesto Geisel e Gury Marques. O curioso, de acordo com o comandante do Bpetran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), Renato Tolentino, é que estes locais são bem sinalizados.

“A maioria dos acidentes é evitável, obedecer a sinalização, velocidade limite e atenção do condutor para não ser imprudente”, elenca.

Afonso Pena é outra avenida onde mais são registrados acidentes. (Foto: Marcos Ermínio).
Afonso Pena é outra avenida onde mais são registrados acidentes. (Foto: Marcos Ermínio).
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB). (Foto: Fernando Antunes).
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB). (Foto: Fernando Antunes).

Maioria - Do total de acidentes, 60% é com condutores de motocicletas. O governo atribui ao aumento do número de motocicletas e à política de incentivo de compra deste tipo de veículo, que é mais barato e rápido. A situação ainda gera novo problema: muitos estão sem habilitação e, justamente por isso, o governo tem promovido mais blitzes, explicou o presidente.

O comandante do Bpetran ainda informou que 2 mil motos foram recolhidas, de julho a agosto deste ano, porque os condutores estavam sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). “Vamos começar a fazer blitzs mais incisivas. A maioria dos casos (recolhimentos) é de documento atrasado ou sem carteira”.

Semana – Governo e entidades promoverão, de 18 a 25 deste mês, atividades em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. A programação inclui corridas, pedaladas, palestras em escolas, entidades e divulgação na internet. O Detran ainda fará mostra cultural, além de premiar trabalhos escolares sobre o tema.

Na segunda-feira (19), será realizado, ao meio-dia de Brasília, um minuto de silêncio em todo o Brasil, em homenagem as vítimas de trânsito.

Também há a elaboração do observatório estadual de acidentes de trânsito. Será um trabalho em conjunto com hospitais, para que sejam registrados dados e informações sobre acidentes. A ideia é que o programa fique pronto ano que vem.

Para o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), “todos têm de fazer sua parte”. Ele ressaltou que, em 2014, foram 12,7 mil acidentes somente em Campo Grande. Ano passado, caiu para 9 mil. A informação é que, em 2016, o número caiu, mas ainda não há dados consolidados.

Reinaldo pontuou a existência de condutores embriagados, assim como aqueles que dirigem sem habilitação. “Cada um precisa fazer seu papel para se diminuir o número de pessoas acidentadas. Os hospitais têm 70% dos leitos ocupados por acidentados”, lembra.

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