DJ perde mais de R$ 10 mil em equipamentos após assalto na Praça do Rádio

Com um prejuízo que passa de R$ 10 mil e quase toda a estrutura de trabalho levada em poucos segundos, o DJ e produtor de eventos Pablo Pacheco viveu na quarta-feira (12) a noite mais frustrante da carreira. Ele tinha acabado de tocar na inauguração de uma loja no Centro e esperava uma carona quando foi assaltado na Praça do Rádio, por volta das 19h.

A chuva forte o fez correr para a concha acústica. Exausto depois de horas de trabalho, sentado com a mochila no colo e tentando se proteger, ficou ali quase duas horas aguardando o contato da pessoa que o buscaria. Por volta das 21h, a abordagem aconteceu de forma abrupta.

“Nem vi os rapazes se aproximando”, relembra. Dois homens surgiram pela frente enquanto outros dois apareceram mais atrás, numa movimentação que deixou claro que ele estava cercado. Eles colocaram as mãos na cintura, simulando estarem armados, e arrancaram o celular da mão dele. Em seguida, puxaram a mochila com força. “Foi rápido demais. Não deu tempo de pensar, só senti que puxaram e levaram.”

Além da mochila e do celular, os criminosos levaram os óculos dele. Moradores de rua que estavam na praça observaram de longe, mas ninguém reagiu.

O que havia dentro da mochila representava anos de trabalho. Notebook, câmera fotográfica, HD (disco rígido) externo com arquivos acumulados ao longo de mais de 15 anos, pen drives, iluminação, flash, microfones, máquina de tirar foto, cabos, extensão grande, laser de mão, kit de primeiros socorros, roupas, perfumes, documentos e chaves de casa. “Tinha basicamente a história das minhas festas, fotos de clientes, espetáculos de dança… tudo. Não era só equipamento. Era memória, era material que não tem como recuperar.”

Sem celular, documentos e acesso às contas profissionais, Pablo passou dias incomunicável. Só agora conseguiu recuperar o número, mas ainda tenta restabelecer redes e contatos essenciais para continuar trabalhando.

A frustração, diz ele, veio na mesma proporção do prejuízo. “Sou produtor independente. Não tenho incentivo, não venho de família rica. Tudo o que comprei foi suando muito. Fiquei sem rumo. Eu faço a parte gráfica das minhas festas e, sem o material, o prejuízo dobrou. Tive evento e nem consegui divulgar.”

Ele registrou boletim de ocorrência e tenta reorganizar a rotina em meio às perdas e à necessidade urgente de recompor ferramentas básicas de trabalho.

“De verdade, não sei por onde começar. É trabalhar para tentar recuperar tudo”, resume.

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