Dono de mercado é preso por armazenar carne com mosca em depósito de entulhos
O comerciante não tinha alvará da Vigilância Sanitária para manusear os alimentos
Um homem, de 31 anos, dono de um supermercado, foi preso na manhã desta terça-feira (25), por manipular e armazenar carne de charque e linguiça caseira de forma irregular, em um espaço que está com obra inacabada e acumula entulhos. Os alimentos estavam com mosca e expostas a bactérias e germes.
Ao todo foram apreendidos 615 kg de carne, sendo 421,9 kg de linguiça, 84,8 kg de frango, 55,7 kg de charque, 50,8 kg de carne bovina e 2,4 kg de tripa.
Polícias da Decon (Delegacia Especializada do Consumidor), chegaram no supermercado na Rua Vanderlei Pavão, no Jardim Aeroporto, por volta das 8h e após duas horas de inspeção, encontraram carnes de sol e linguiças sendo fabricadas e armazenadas de forma irregular.
Apesar de as carnes não serem clandestinas, o comerciante não tinha registro no SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e nem alvará da Vigilância Sanitária para fabricar e manusear o charque e a linguiça caseira.
De acordo com o delegado da Decon, Reginaldo Salomão, o proprietário do supermercado usava o sistema de refrigeração das câmaras frias do mercado para secar as carnes de sol.
"Ele usava o sistema de refrigeração da câmara fria para secar o charque. As peças ficavam em uma espécie de motor que funciona como um ventilador, na parte de cima das câmaras".
Segundo o delegado, a carne estava em um depósito de resto de material construção e tinha contato com muitas bactérias e germes. "Além disso, ele manuseava e embalava essas carnes de maneira irregular, sem a data de validade nos produtos. As peças tinham moscas e eram impróprias para consumo”, informou o delegado.
A produção de charque e linguiça era feita no piso superior do estabelecimento, local que está em reforma. “A obra começou já alguns anos e nunca terminou. Esse tipo de serviço só pode ser feito sob orientação de um médico-veterinário, o que não era o caso desse mercado”.
As carnes encontradas estavam com moscas e foram apreendidas. Além disso, a polícia recolheu outros cortes do alimento porque não eram refrigerados de maneira correta.
O comerciante foi preso em flagrante pelo crime contra as relações de consumo, ou seja, por expor alimentos impróprios para o consumo. A pena para o delito pode variar de 1 a 5 anos de detenção. Ele passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (26).