Donos de bar com "maconha gourmet" pegam 5 anos em regime semiaberto
Além do casal proprietário do Fumaça Fina, o fornecedor da droga também foi condenado

A Justiça de Mato Grosso do Sul condenou o casal proprietário do bar Fumaça Fina e um fornecedor por tráfico de drogas envolvendo a venda de “maconha gourmet”. Publicada nesta quinta-feira (30) no Diário da Justiça, a pena aplicada para cada um é de cinco anos de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de multa.
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Casal proprietário do bar Fumaça Fina, em Campo Grande (MS), e um fornecedor foram condenados a cinco anos de prisão em regime semiaberto por tráfico de drogas. Eles comercializavam "maconha gourmet", versão com alta concentração de THC, vendida a até R$ 10 mil o quilo. Durante operação da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico, Rubens Arguello, Mayara Bispo e Marcelo Trindade foram presos com cerca de 2 kg de maconha. O esquema incluía vendas no estabelecimento e serviço de delivery. A alegação de uso medicinal para tratamento de autismo foi rejeitada pela Justiça.
O casal Rubens Arguello e Mayara Bispo, além do traficante Marcelo Trindade, foram presos pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) em fevereiro. As investigações mostraram que eles comercializavam a chamada “maconha gourmet”, uma versão da droga com maior concentração de THC, substância psicoativa da cannabis, vendida por valores que chegavam a R$ 10 mil o quilo.
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Durante o flagrante, o casal foi abordado no Jardim São Lourenço com o fornecedor Marcelo, quando adquiriam uma nova remessa da droga. Na residência deles, os policiais apreenderam aproximadamente 2 kg de maconha, balanças de precisão e materiais usados para embalagem.
Mayara chegou a alegar que usava a maconha para produzir óleo medicinal destinado ao tratamento do filho autista, além de controlar sua síndrome do pânico e ansiedade, mas essa versão não convenceu a Justiça.
A polícia ainda identificou que o casal não vendia drogas apenas no bar deles, na Rua 14 de Julho, mas também mantinha um esquema de delivery que usava aplicativos e caronas para entregar entorpecentes.
Na época, o delegado Hoffman D’Ávila explicou que o tráfico no centro de Campo Grande tem crescido, impulsionado pela movimentação intensa de pessoas na região, o que facilita a venda da droga.
Outro lado - A defesa de Rubens e Mayara contesta pontos sobre a condenação do casal, afirmando que houve distorções em relação às provas do processo. O advogado esclarece que Mayara apresentou prescrição médica e autorização da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) para uso de óleo de cannabis, e que a maconha apreendida na casa do casal não era fracionada nem destinada ao tráfico, sendo usada para fins medicinais.
A abordagem que resultou na prisão teria ocorrido durante a compra de uma pequena quantidade para consumo próprio, e o fornecedor assumiu a posse da substância. A defesa também nega qualquer relação com entregas de drogas ou uso do bar Fumaça Fina para fins ilícitos. O advogado afirma que recorrerá da decisão e reforça a importância de a imprensa tratar o caso com responsabilidade.
*Matéria editada para acréscimo de informações.
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