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Cidades

"Elite do crime" foragida inclui ex-detento, traficante e ladrão profissional

Sequestrador de Boeing e comandante paramilitar lideram lista de procurados por MS

Por Anahi Zurutuza | 09/12/2025 20:22
"Elite do crime" foragida inclui ex-detento, traficante e ladrão profissional
Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Palermo, Motinha, Mistério e Cleber (Fotos: MJSP/Divulgação)

Traficante que sequestrou um avião, o chefe de organização paramilitar e integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) sentenciados por assassinatos nos chamados tribunais do crime compõem a lista de criminosos condenados em Mato Grosso do Sul mais procurados do Brasil, que também inclui um detento que comandava crimes de dentro da cadeia, um traficante que abandonou um avião com quase meia tonelada de cocaína e um assaltante profissional.

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A lista dos criminosos mais procurados de Mato Grosso do Sul, divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, inclui sete nomes de alta periculosidade. Entre eles, destaca-se Gerson Palermo, piloto condenado por tráfico internacional e sequestro de um Boeing da Vasp em 2000.Os demais procurados são Antonio "Motinha" Gonçalves, líder de organização paramilitar; Éder "Mistério" Vieira e Cleber Medeiros, do PCC, condenados por assassinatos; Ricardo de Souza, que comandava crimes da prisão; Phillypi Matos, ligado ao tráfico de drogas; e Osmar "Branco" Silva, especialista em grandes roubos.

Além de Gerson Palermo, Antonio Joaquim Mendes Gonçalves, o “Motinha”, Éder de Barros Vieira, o “Mistério do PCC”, e Cleber Laureano Rodrigues Medeiros, a lista do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) divulgada nesta segunda-feira (8) traz outros três criminosos considerados de alta periculosidade, com mandados de prisão em aberto: Ricardo de Souza, Phillypi Junior Nunes Matos e Osmar Pereira da Silva. A relação reúne os nomes dos foragidos da Justiça caçados pelo Projeto Captura.

Ricardo de Souza, também conhecido por “Luis Carlos dos Santos”

Foi condenado em 2017 a 4 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão em regime fechado, além de 980 dias-multa, após ter sido alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) na Operação Ictus, que desarticulou grupo criminoso comandado de dentro de presídio. Ele foi condenado pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, por envolvimento em esquemas para ocultar o lucro obtido com os crimes.

"Elite do crime" foragida inclui ex-detento, traficante e ladrão profissional
"Cartaz" de procurado divulgado pelo MJSP (Foto: Reprodução)

Phillypi Junior Nunes Matos

Foi condenado a 10 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por tráfico de drogas e porte de armas de uso restrito, após ligação ao transporte de 417,9 kg de pasta-base de cocaína e 3 fuzis em uma aeronave que pousou em área rural de Itaquiraí (MS), em maio de 2022. À época, Phillypi, tocantinense de 28 anos, foi encontrado pela polícia escondido em um matagal. A Justiça também decretou o perdimento da aeronave e manteve a prisão preventiva dele, embora esteja foragido.

"Elite do crime" foragida inclui ex-detento, traficante e ladrão profissional
Tocantinense é foragido da Justiça de MS (Foto: Reprodução)

Osmar Pereira da Silva, conhecido como “Branco”

Ele foi condenado à pena total de 74 anos de prisão e só deverá ser libertado em 2041, após sentenças por roubo qualificado, furto qualificado, receptação e participação em organização criminosa. Ele integrava um grupo especializado em grandes roubos (a residências, cargas e instituições financeiras) e é investigado por encomendar fuzis para executar assaltos a bancos.

"Elite do crime" foragida inclui ex-detento, traficante e ladrão profissional
Homem acusado de integrar quadrilha de assaltantes (Foto: Reprodução)

Outros nomes – Gerson Palermo, piloto condenado a mais de 100 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, segue entre os criminosos mais procurados do Estado. Ele fugiu em abril de 2020, apenas oito horas após receber prisão domiciliar durante um plantão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, benefício revogado no mesmo dia. Palermo é ligado ao transporte de grandes cargas de cocaína pela fronteira e ao sequestro de um Boeing da Vasp, em 2000, quando uma quadrilha roubou malotes avaliados em R$ 5,5 milhões. Também já foi apontado como integrante de alto escalão do PCC.

Outro nome de destaque é Antonio Joaquim Mendes Gonçalves, o “Motinha”, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma organização paramilitar que atuava entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero. Considerado sucessor do pai, “Tonho”, também foragido, ele ganhou notoriedade ao escapar de três operações policiais usando helicópteros. Em investigações como a Operação Magnus Dominus, a Justiça o condenou por chefiar organização criminosa armada e transnacional, responsável por recrutar mercenários estrangeiros, montar estruturas próprias de comunicação e logística e usar fazendas no Paraguai como bases para o tráfico de cocaína.

A lista de criminosos procurados inclui ainda Eder de Barros Vieira, condenado por ordenar o assassinato de Sandro Lucas de Oliveira, o “Alemãozinho”, em dezembro de 2019, em Campo Grande. Segundo o Ministério Público, Eder e outros membros do PCC sequestraram a vítima, acusada de vínculos com o Comando Vermelho, e a mataram com golpes de faca em um “julgamento” interno da facção. O corpo permaneceu enterrado no local do crime e só foi localizado sete meses depois.

Também permanece em evidência Cleber Laureano Rodrigues Medeiros, 50 anos, liderança do PCC em São Paulo e já divulgado em cartazes de procurados pela DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ele é apontado como um dos responsáveis pelo “tribunal do crime” que condenou Thiago Brumatti Palermo, 30 anos, e Marcelo dos Santos Vieira, 45 anos, à morte. As vítimas foram encontradas em 24 de julho de 2023, dentro de um Ford Fiesta, em Campo Grande, após serem executadas por terem trocado 40 quilos de cocaína por gesso.

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