Elogiado pela "cara de particular", hospital ganha 4º andar para tratar câncer
Instituição recebeu R$ 1,2 milhão do Governo de MS para inaugurar pavimento com mais 32 leitos
Na manhã desta segunda-feira (1º), foi aberto o quarto dos sete andares que o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, tem planejados para estar em funcionamento. As obras custaram R$ 1,2 milhão em recursos estaduais e adicionaram 32 leitos à instituição que é privada, mas tem convênio com o poder público para atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
RESUMO
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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, inaugurou nesta segunda-feira (1º) o 4º andar de suas instalações, com investimento de R$ 1,2 milhão em recursos estaduais. O novo pavimento, que adiciona 32 leitos, foi entregue oito meses após a abertura do 3º andar. A instituição, privada, atende majoritariamente pacientes do SUS (99%) e busca se tornar referência no tratamento oncológico em Mato Grosso do Sul. Autoridades presentes, como o governador Eduardo Riedel e a prefeita Adriane Lopes, destacaram a qualidade do atendimento e a importância dos investimentos contínuos na saúde. O hospital também adquiriu um acelerador nuclear de última geração, com recursos do Ministério da Saúde, para aprimorar o tratamento. O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, ressaltou a necessidade de avanços na prevenção e diagnóstico precoce do câncer no estado.
O novo pavimento é entregue cerca de oito meses após o 3º andar ser inaugurado em dezembro do ano passado. O prédio todo foi concluído em 2012 e funciona parcialmente desde 2016.
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Conheceram o 4º andar o governador Eduardo Riedel (PP), a prefeita Adriane Lopes (PP), deputados federais e estaduais, e os secretários de Saúde do Estado e Município. Eles destacaram a "cara de particular" que o hospital tem, embora atenda pacientes do SUS em maior contingente (99%).

O governador elogiou o "padrão excepcional" da instituição e comparou os investimentos na Saúde, como um todo, a uma corrida. "Muitas vezes, as pessoas esperam de nós uma corrida de 100 metros, um spread, e essa é uma maratona. Nós temos que chegar ao final da maratona. É no dia a dia que se constrói, quilômetro a quilômetro, com muita conversa, muito diálogo, muito planejamento", falou.
A prefeita Adriane Lopes afirmou que o atendimento prestado "transforma de uma forma totalmente diferente" a vida dos pacientes com câncer. Antes dela, o deputado estadual Lídio Lopes (sem partido) disse que os novos investimentos afastam um "período de maculação" da oncologia no estado, se referindo à Máfia do Câncer, operação da Polícia Federal que denunciou desvio de dinheiro público nesse setor.
Presidente do hospital, Sueli Lopes se emocionou ao falar do que o Alfredo Abrão oferece. "Toda essa estrutura, atendimento melhor para todos esses pacientes, mais tecnologia, vai auxiliar. Esses novos 32 leitos vão mostrar uma qualidade superior, mostrar que é possível ter um SUS com qualidade superior, é um acolhimento melhor, humanização que a gente traz para todos os pacientes", elencou.

O desafio, segundo se falou no evento, é transformar o Hospital de Câncer Alfredo Abrão em referência para a prevenção e tratamento da doença em Mato Grosso do Sul. Outro passo em direção a isso que foi citado é a compra de um acelerador nuclear de última geração para fazer sessões de radioterapia. Ele custou cerca de R$ 9 milhões somente em recursos do Ministério da Saúde.
Obra que se arrastava e lacuna - O secretário estadual de Saúde e oncologista, Maurício Simões afirmou que o Hospital de Câncer foi uma das principais preocupações quando ele assumiu o cargo, em 2023, e teve a primeira reunião com o governador.
"Era um desafio enorme colocar as contas em dia e uma obra que se arrastava e não era possível finalizar por falta de recursos. Nunca mais houve paralisação nos atendimentos. Desde aquela primeira reunião, concordamos que a estrutura era muito boa para ficar exposta ao sol e à chuva sem gerar atendimento à população. Creio que nós estamos cumprindo o acordado naquela reunião", afirmou.
O secretário reconhece que uma lacuna da área em Mato Grosso do Sul é a prevenção. "A gente precisa investir, isso é uma situação que eu ainda não estou feliz porque nós precisamos investir em prevenção e diagnóstico precoce. Quando você faz um diagnóstico precoce, são tratamentos de baixa complexidade, curativos e tímidos que não exigem, muitas vezes, o tratamento quimioterápico e radioterápico. Essa estrutura de diagnóstico precoce não está madura ainda no nosso estado", disse.
Questionado sobre os problemas no atendimento oncológico no Hospital Regional, que é administrado pelo Estado e é mais antigo que o Hospital Alfredo Abrão, ele reconheceu que houve dificuldade na compra de medicamentos para quimioterapia, mas afirmou que o problema está resolvido. "Desde o ano passado, a partir de um decreto do governador que reduziu o tempo dos processos licitatórios, a gente já refez esse estoque e eventuais faltas de medicamentos são muito mais por falta de entrega dos fornecedores", finalizou.
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