Golpe do presente rendeu R$ 14 milhões, com vítimas em MS
Moradores do Estado tiveram cartões clonados; ação cumpre 172 mandados, incluindo 41 de prisão

Mato Grosso do Sul está entre os estados onde moradores foram atingidos pelo golpe investigado pela Polícia Civil do Paraná. A corporação deflagrou nesta terça-feira (25) operação contra uma quadrilha suspeita de movimentar mais de R$ 14 milhões aplicando o chamado golpe do presente. Entre as centenas de vítimas identificadas, há sul-mato-grossenses que tiveram cartões clonados e contas esvaziadas, além de vítimas no Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Bahia.
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A Polícia Civil do Paraná deflagrou operação contra quadrilha suspeita de movimentar R$ 14 milhões com o golpe do presente, que vitimou moradores de Mato Grosso do Sul e outros estados. A ação resultou em 172 mandados, incluindo 41 de prisão, 90 de busca e apreensão e 41 bloqueios bancários. Os criminosos se passavam por funcionários de floriculturas ou lojas de chocolate, abordando pessoas próximas do aniversário. Utilizando máquinas de cartão adulteradas, captavam dados e senhas das vítimas durante uma falsa cobrança de taxa de entrega, distribuindo posteriormente o dinheiro entre contas de laranjas.
A ação, realizada com apoio da Polícia Civil de São Paulo, mobiliza equipes em São Bernardo do Campo, Diadema e na capital paulista. Ao todo, são 172 mandados: 41 de prisão, 90 de busca e apreensão e 41 bloqueios de contas bancárias.
A investigação começou há cerca de um ano e permitiu identificar a estrutura do esquema. Em Curitiba, a Polícia Civil apreendeu 12 máquinas de cartão adulteradas com softwares maliciosos.
Segundo o delegado Emmanoel David, os golpistas buscavam pessoas que estavam prestes a fazer aniversário e se apresentavam como funcionários de floriculturas ou lojas de chocolate. A suposta entrega de um presente exigia o pagamento de uma falsa taxa de motoboy. Ao inserir o cartão, a vítima era surpreendida por erros simulados na maquininha.
As máquinas adulteradas captavam dados e senhas. Em alguns casos, altos valores eram cobrados sem que a pessoa percebesse. Em outros, o cartão era trocado por outro idêntico do mesmo banco.
Após o golpe, o dinheiro era distribuído rapidamente entre contas bancárias de laranjas. A pulverização buscava dificultar o rastreamento pelo sistema financeiro e pelas polícias dos estados envolvidos, incluindo Mato Grosso do Sul.
A polícia agora trabalha para identificar eventuais líderes e rastrear valores que ainda não foram recuperados.
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