Câmara aprova aumento de 16% para auxiliares e técnicos em saúde bucal
Projeto prevê dois reajustes e ainda aguarda sanção da prefeita Adriane Lopes
Por unanimidade, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou o aumento de aproximadamente 16% no salário de auxiliares e técnicos em saúde bucal, além de técnicos em prótese dentária e especializados em equipamentos odontológicos. A votação ocorreu na manhã desta terça-feira (25).
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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, por unanimidade, um aumento de 16% nos salários de auxiliares e técnicos em saúde bucal, além de profissionais de prótese dentária e equipamentos odontológicos. O reajuste, proposto pelo Projeto de Lei n.º 63/2025, será implementado em duas etapas, em novembro de 2025 e 2026, com acréscimos de R$ 184,03 em cada fase. A matéria recebeu 22 votos favoráveis e aguarda sanção da prefeita Adriane Lopes. Vereadores destacaram que muitos desses profissionais recebem menos que o salário mínimo, com remuneração atual de R$ 1.126,00. Mesmo com o aumento, em 2026, o salário chegará a R$ 1.494,06, ainda abaixo do mínimo. A categoria, que não recebia reajuste há cerca de cinco anos, comemorou a conquista, ressaltando a importância do impacto financeiro para suas famílias.
O Projeto de Lei n.º 63/2025, formulado pela Prefeitura da Capital, propõe dois reajustes de R$ 184,03, o primeiro em novembro de 2025 e o segundo em novembro de 2026. A matéria recebeu 22 votos favoráveis, mas ainda precisa ser sancionada pela prefeita Adriane Lopes (PP).
À reportagem, a vereadora Ana Portela (PL) afirmou que acompanha a reivindicação da categoria desde o início do ano. Segundo ela, chegou a solicitar ao presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB) que a proposta fosse pautada com urgência. “Tem muitas questões nos salários deles que estão defasados, como, por exemplo, o salário-base, que é inferior ao salário mínimo”, afirmou.
Já a vereadora Luiza Ribeiro (PT) destacou que há servidores contemplados pelo reajuste que ainda recebem menos que um salário mínimo. Conforme a parlamentar, o valor atual é de R$ 1.126,00 e, mesmo com o acréscimo previsto, esses trabalhadores não atingirão a remuneração mínima em 2026, quando passarão a receber R$ 1.494,06.
“Há anos eles estão com o salário achatado, porque a Prefeitura não faz sequer o reajuste anual determinado pela Constituição, que é a correção inflacionária. Esses servidores estão muito desprestigiados, mas conseguiram negociar, e esses valores serão incorporados ao salário-base”, afirmou Luiza.
A auxiliar de saúde bucal Kelly Krys Pita comemorou o reajuste, que, segundo ela, não ocorria há aproximadamente cinco anos. “Vai fazer diferença diretamente no valor que nossas famílias recebem, no nosso sustento. Considerando que é menos de um salário mínimo e que não há reajuste há muitos anos. Inclusive, passamos muito tempo esquecidas, e agora estamos alcançando essa visibilidade”, disse.
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