Em novo relatório para o STF, Sejusp diz ter aplicado 141 multas a manifestantes
Dados são coletados pela inteligência da polícia de MS e enviados ao Supremo semanalmente
Em novo relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (22), a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) de Mato Grosso do Sul, informa que multou 141 veículos em situações irregulares, de pessoas que estão nas manifestações, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande. O documento sobre os veículos e movimentação dos manifestantes foi cobrado pelo ministro Alexandre de Moraes.
O protesto começou após resultado da eleição presidencial que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Ao Campo Grande News, o secretário de Segurança, Antônio Carlos Videira, explicou que a ação é em cumprimento à determinação do ministro Alexandre de Moraes. Os dados são coletados pelas equipes de inteligência das polícias, sendo o relatório enviado semanalmente ao Supremo. "Os relatórios estão sendo atualizados por todas as forças policiais em suas áreas de atuação, ou seja, Sejusp, PF e PRF", reforçou Videira.
As multas são principalmente de veículos estacionados em via pública de forma irregular "sobre canteiros ao longo da via de rolamento (às margens do canteiro central), dificultando a trafegabilidade da via", ponderou o secretário.
No dia 18 de novembro, com cones e cavaletes, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) isolou parcialmente os canteiros próximos ao CMO (Comando Militar do Oeste), para evitar que manifestantes estacionassem. A Polícia Militar já havia adiantado que, quem insistisse em cometer irregularidades, seria multado.
Os manifestantes estão no local desde o início do mês de novembro, após resultado da eleição presidencial (30 de outubro), que elegeu Lula. Durante a semana, não há grande movimentação em frente ao CMO, mas aos sábados e domingos, o volume de pessoas costuma aumentar.
No primeiro relatório da Sejusp, foram entregues ao STF sete nomes de quem teoricamente lideram os movimentos e a relação de veículos envolvidos. A Polícia Civil listou o envolvimento traçando o perfil de cada um, mas sem detalhar a função na organização dos atos. Ex-prefeito em MS, médica, empresário e pecuaristas estão na lista.
