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Capital

Em seu 8º júri, Nando e comparsa são condenados por ocultação de cadáver

Somadas as outras penas, Nando já foi condenado a 88 anos de prisão.

Adriano Fernandes | 17/05/2019 19:15
À frente do juiz, Claudinei Augusto e no projetor imagem de Nando. (Foto: Ronie Cruz)
À frente do juiz, Claudinei Augusto e no projetor imagem de Nando. (Foto: Ronie Cruz)

Em seu 8º julgamento, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, e seu comparsa Claudinei Augusto Ornelas foram absolvidos do crime de homicídio, mas condenados pela ocultação do cadáver de Daniel Gomes de Souza Carvalho, 17 anos, estrangulado até a morte pela dupla no dia 20 de dezembro de 2012, no Jardim Veraneio, em Campo Grande.

Nando foi condenado a mais um ano e onze meses de prisão, mas em regime semiaberto. Somadas as outras penas, o réu já foi condenado a 88 anos de prisão. Já Claudinei foi condenado a um ano e quatro meses de prisão, mas em regime aberto.

Pesou em favor dos acusados o fato de eles terem confessado o crime durante a fase extrajudicial e pelo fato de Claudinei ter menos de 21 anos à época do crime.

O caso – Em 20 de dezembro de 2012, a dupla matou o adolescente estrangulado na Rua dos Astronautas, no Jardim Veraneio. O motivo, segundo os acusados, é porque o garoto teria realizado vários furtos pelo bairro.

Nando admitiu as mortes em depoimento na delegacia, porém, ao júri, negou as práticas e afirmou que a quebra de seu sigilo telefônico comprovaria sua inocência. Ele acusou Jeová Ferreira Lima, conhecido como “Vasco”, como autor do assassinato –ele chegou a ser preso em 2016, mas liberado em seguida por não ter sido apontado envolvimento com os homicídios.

Claudinei teria atraído Daniel até o local para um suposto encontro com outras garotas, mas acabou morto estrangulado. Em seguida ele foi enterrado na região e os restos mortais encontrados anos depois.

Condenações - Nando já passou por sete júris, sendo absolvido em dois casos. As penas já somam 87 anos e seis meses de prisão.

Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social.

Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

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