Fornecedora de café volta a ser alvo da PF após denúncia envolvendo o TCE
Em 2022, a mesma empresa foi acusada de pagar propina a assessores do conselheiro Waldir Neves

A L&L Comercial e Prestadora de Serviços, localizada em Campo Grande, empresa que entregava água e café ao TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) voltou a ser alvo da PF (Polícia Federal), na manhã desta quarta-feira (21). A operação Vox Veritatis (Voz da Verdade) apura fraudes milionárias em contratos da gestão passada da SED (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul).
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A Polícia Federal realizou nova operação contra empresa fornecedora de café e água ao Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. A ação, denominada Vox Veritatis, investiga fraudes milionárias em contratos da Secretaria de Estado de Educação, sendo desdobramento das operações "Mineração de Ouro" e "Terceirização de Ouro". A investigação aponta suspeitas de pagamento de propina pela L&L Comercial e Prestadora de Serviços. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Rio de Janeiro. Os envolvidos podem responder por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
A ofensiva é desdobramento das operações “Mineração de Ouro” e “Terceirização de Ouro”, referentes a denúncias de 2021 e 2022, respectivamente, que também investigaram desvios de recursos públicos federais no Estado. O dono da empresa é Leonardo Primo de Araújo.
Em dezembro de 2022, suspeita de propina paga pela L&L Comercial e Prestadora de Serviços desencadeou a Operação Terceirização de Ouro, que fundamentou apreensões e medidas cautelares contra conselheiros do TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), à época, Waldir Neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho das Neves
Na ocasião, segundo a investigação, os pagamentos seriam feitos pelo empresário, sócio da empresa. “Os elementos informativos até então constituídos indicam que o conselheiro teria ciência da cobrança e do recebimento de vantagem indevida por parte de seus assessores, provenientes de empresário que possui contrato com o Tribunal de Contas, alguns deles formalizados durante a presidência de Waldir Neves Barbosa”, conforme a peça processual.
À época, assinada pelo relator, ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a autorização para a Operação Terceirização de Ouro destacava que foi feita análise do telefone celular de Waldir Neves na primeira fase da operação, em junho de 2021, a Mineração de Ouro, e identificadas mensagens trocadas entre seus assessores. “Do exposto, fica evidente que Waldir Neves tinha ciência de que seus assessores cobravam e recebiam recursos de empresário que fornece insumos ao TCE-MS”.
Afastado desde dezembro de 2022, Waldir Neves retornou ao cargo de conselheiro do TCE-MS na semana passada, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Na operação desta manhã, são cumpridos 9 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e no Rio de Janeiro. Os responsáveis poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, além de outros crimes em licitações e contratos.
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