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Capital

Energisa atribui pane ao uso de ar-condicionado e divulga plano de contingência

Companhia alega que problema é causado por falta de atualização do número de aparelhos nas residências

Por Natália Olliver e Idaicy Solano | 28/09/2023 12:13
Helier Fioravante, gerente de operações da Energisa (Foto: Marcos Maluf)
Helier Fioravante, gerente de operações da Energisa (Foto: Marcos Maluf)

A companhia de abastecimento de energia de Mato Grosso do Sul divulgou nesta quinta-feira (28) o plano de contingência para evitar possíveis desabastecimentos nos municípios, devido às ondas de calor ou tempestades. Segundo a empresa, as subestações móveis e as ações de antecipação podem evitar desabastecimento geral no Estado. O conteúdo do plano não é novo, apenas explica como a empresa opera durante períodos críticos.

Desde segunda-feira (25), vários bairros ficaram parcialmente desabastecidos no Estado. Entre as cidades afetadas estão Campo Grande, Corumbá e Dourados. A companhia atribuiu o motivo da pane aos clientes, pelo uso excessivo do ar-condicionado e à falta de atualização sobre o número de aparelhos nas residência.

De acordo com Helier Fioravante, gerente de operações, a companhia realizou 292 ações nos municípios. O plano é dividido em três frentes: antecipar, recuperar e aprender. Até o momento, foram feitas 139 ações de antecipação, 144 de recuperação e 9 de aprendizagem.

Helier Fioravante ressalta que clientes precisam atualizar danos cadastrais junto à concessionária (Foto: Marcos Maluf)
Helier Fioravante ressalta que clientes precisam atualizar danos cadastrais junto à concessionária (Foto: Marcos Maluf)

“A empresa vem realizando o plano ao longo do ano. Já temos ações de treinamento de colaboradores e simulações de contingência em tempo real, para testar o sistema e garantir que tudo está funcionando da melhor maneira possível. A parte mais fundamental é a parceria com todos os órgãos envolvidos, que são a Defesa Civil, Prefeitura, Exército e Marinha.”

Conforme o gerente, a Energisa teria se antecipado e trocado alguns transformadores nas cidades, atitude que, segundo ele, evita uma pane geral. “Quando acontece é uma questão pontual. Nenhum município ficou desabastecido, o que a gente teve foi situações pontuais que ocorreram”.

Mesmo com o número de casas em constante crescimento nos bairros, ele também explica que as equipes estudam a situação antes de trocar os equipamentos de maneira desnecessária.

”Normalmente temos bairros que estão crescendo de maneira vertiginosa com cargas expandindo e muitas vezes os consumidores não estão atentos a informar essa carga para a distribuidora. E quando vamos realizar o planejamento acaba não enxergando esse crescimento. Se o consumidor coloca um ar a mais ou qualquer tipo de equipamento a mais, ele precisa atualizar o cadastro na servidora.”

Consumo - Jonas Ortiz, coordenador comercial, ressalta que o horário de maior consumo residencial é às 22h e que o aparelho mais usado é o ar-condicionado. “Segunda e terça bateram novos recordes de consumo às 22h. A utilização do ar e a própria geladeira força mais durante o dia e a noite, com a temperatura externa maior. Quanto mais esforço do aparelho, mais consumo de energia”.

Jonas Ortiz ressalta que horário de maior uso de ar-condicionado é às 22h (Foto: Marcos Maluf)
Jonas Ortiz ressalta que horário de maior uso de ar-condicionado é às 22h (Foto: Marcos Maluf)

Subestações móveis - Com cinco unidades móveis, a empresa pontua que tem utilizado o recurso como maneira preventiva, já que as subestações possuem capacidade de abastecimento, de maneira indeterminada, e podem suprir municípios do tamanho de Corumbá.

“Esses equipamentos são parte do plano seja para El Niño ou qualquer tipo de situação. Elas são deslocadas em duas situações - seja manutenção preventiva quando há necessidade de manutenção e outra é quando já aconteceu algo e entram para atendimento à população”, acrescenta Helier.

Subestações móveis da Energisa podem suprir cidades do tamanho de Corumbá (Foto: Marcos Maluf)
Subestações móveis da Energisa podem suprir cidades do tamanho de Corumbá (Foto: Marcos Maluf)

Tempo - O meteorologista Vinicius Stelilg, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), afirma que outubro ainda será um mês quente, com possíveis ondas de calor e tempestades significativas em todo Estado. Isso porque Mato Grosso do Sul está no meio de zonas de convergência entre frio e calor.

Vinicius Stelilg diz que Estado ainda sofrerá com mudanças bruscas de temperatura em outubro (Foto: Marcos Maluf)
Vinicius Stelilg diz que Estado ainda sofrerá com mudanças bruscas de temperatura em outubro (Foto: Marcos Maluf)

“Outubro é o mês mais quente do ano, então somando com a temperatura fora do normal a gente espera que outubro possa passar dos 40ºC. É o mês dos vendavais e a nossa preocupação seria com essas outras temperaturas e as baixas pressões e frentes frias. Nesse choque térmico entre os sistemas ocorram temporais mais fortes com rajadas de ventos e descargas elétricas".

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