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Capital

Enxurrada e rio alagam casas e arrastam carros em 11 bairros

Lidiane Kober e Edivaldo Bintencourt | 04/01/2014 22:08
Água encobriu vários carros, um deles na Avenida Ernesto Geisel (Foto: Fábio da Silva/Divulgação)
Água encobriu vários carros, um deles na Avenida Ernesto Geisel (Foto: Fábio da Silva/Divulgação)

A forte chuva que caiu no início da noite deste sábado (4), em Campo Grande, fez o Rio Anhanduí transbordar e invadir dezenas de casas e lojas na Avenida Ernesto Geisel. A chuva também atingiu outros cantos da Capital e, em pelos menos 11 bairros, a água também ocupou residências e arrastou veículos.

Foram registrados problemas nos bairros Aero Rancho, Jockey Clube, Marcos Roberto, Taquarussu, Jacy, Monte Castelo, Santo Antônio, Guanandi II, Vila Célia, Jardim dos Estados e no Centro de Campo Grande.

Pelo menos por onde o Campo Grande News passou só o Corpo de Bombeiros foi visto socorrendo as vítimas. Nem homens da Defesa Civil, nem da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) foram localizados pela equipe.

Com a residência invadida pela água, a moradora do Bairro Marcos Roberto, Laís da Silva, chegou a pedir socorro à Defesa Civil. “Eles informaram que não tinha como atender, porque a equipe estava reduzida”, relatou.

O Corpo de Bombeiros chegou a cogitar o apoio da Agetran para impedir o trânsito na Avenida Mato Grosso, esquina com a Rua Bahia, onde veículos foram arrastados pela água. A equipe chegou a socorrer um casal e uma criança, ocupantes de carro que foi invadido pela água.

Segundo os bombeiros, era necessária sinalização desde a Rua Antônio Maria Coelho, porque só era possível visualizar a quantidade de água quando o condutor chegava à Avenida Mato Grosso, esquina com a Rua Bahia.

Ao mesmo tempo, na Rua Ouro Verde, esquina com a Rua Amapolas, no Bairro Jockey Clube, as residências da mãe e de tios de André Luiz Pereira, 30 anos, foram ocupadas pela água.

Segundo ele, o problema ocorre desde 1993. “A gente coloca fotos no facebook do prefeito Alcides Bernal (PP) e ele exclui tudo, nem dá uma satisfação para a gente”, se queixou André Luiz. Perto dali, no Bairro Marcos Roberto, os bombeiros precisaram derrubar muro de uma residência para dar escoamento à água.

A chuva também alegou residências na Rua São Roque, no Bairro Taquarussu. “A rua virou um rio, só não entrou água na minha casa porque meu marido fez uma gambiarra, mas a chuva invadiu residências de vários vizinhos”, contou Janaina dos Santos, 27 anos.

No Shopping Norte Sul Plaza, a água do Rio Anhanduí chegou até o estacionamento e invadiu mais de 10 veículos. Em alguns casos, a água alcançou os bancos dos automóveis e até o motor, segundo o motorista Sidmar Souza Bitencourt, 26 anos.

Precipitação – De acordo com dados da Prefeitura de Campo Grande, na região do Prosa II foi observada a maior precipitação de chuva, com 63,5 milímetros. Na região do Hospital Regional, foram registrados 55,5 milímetros e, na região da Universidade Católica Dom Bosco, 25.

Questionado sobre balanço dos estragos, o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, informou que somente amanhã poderá avaliar os prejuízos.

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