Estudantes criam jogo de realidade virtual que estimula o combate à dengue

Lançado nesta sexta-feira (15), protótipo do jogo criado por alunos do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e da rede estadual de ensino estimula bons hábitos de combate ao mosquito Aedes aegypti com auxílio da realidade virtual.

• Leia Também
• MS supera 7 mil casos de dengue; óbitos chegam a 17
• Campo Grande tem Dia D e destaca combate ao mosquito da dengue

O game Agente 360: Todos Enfrentam a Dengue é uma iniciativa que combina tecnologia, aprendizagem e engajamento social com objetivo de transformar a forma de conscientizar a população sobre prevenção à dengue.

O projeto reúne alunos do curso Técnico em Programação de Jogos Digitais do Senac Hub Academy e estudantes da Rede Estadual de Ensino do terceiro ano que cursam a disciplina de Assistente de Produção 3D.

Em conjunto, eles desenvolveram o jogo que utiliza óculos de realidade virtual, propondo uma experiência imersiva que simula, em ambiente virtual, situações cotidianas de combate ao mosquito Aedes aegypti, estimulando atitudes corretas de prevenção que aproximam o público de um tema urgente para a saúde pública.

Para Jordana Duenha, diretora do Senac MS, a iniciativa é um exemplo de como a educação pode gerar impacto real na vida das pessoas.

"Quando criamos oportunidades para que nossos estudantes desenvolvam soluções para problemas reais, fortalecemos não apenas o aprendizado, mas também o compromisso com a comunidade. Este projeto mostra que a educação profissional pode ser agente de transformação social, levando conhecimento, tecnologia e cidadania para além da sala de aula", descreveu.

A ideia após o lançamento é ampliar o alcance do protótipo para transformá-lo em um produto funcional, validado e pronto para aplicação em ambientes educacionais e comunitários.

A iniciativa também conta com o apoio da FESPMS (Federação de Esportes Eletrônicos e Tecnologia de Mato Grosso do Sul).

Desenvolvimento - Durante a fase de Pré-Incubação do game, a equipe envolvida aprimorou mecânicas e jogabilidade.

Integrou no sistema pontuação e ranking online, otimizou cenários e modelagem 3D, além de implementar controles compatíveis com óculos de realidade virtual Meta Quest 3, realizando testes para garantir fluidez, realismo e impacto educativo.

Em entrevista para o Campo Grande News, o presidente da FESPMS, Weverton Ramires, relatou que o jogo começou a ser produzido em outubro de 2024, como uma proposta inédita de desenvolver um jogo com tecnologia de imersão, voltado para identificar de maneira prática os focos de dengue.

"É uma ferramenta que vai trabalhar a interação prática, simulando situações reais de combate aos focos de dengue. Nessa experiência, o estudante vai identificar e eliminar possíveis focos do mosquito, compreendendo todos os riscos da falta de prevenção, recebendo um feedback positivo e negativo dessas ações", disse Weverton.

O game, de acordo com o presidente da federação, passou por uma curadoria científica de infectologista, para garantir que o jogo esteja alinhado com as diretrizes do Ministério da Saúde.

A ideia do projeto é deixar o jogo acessível para estudantes, levando a iniciativa para 11 municípios do Estado e três comunidades indígenas.

O trabalho está sendo coordenado pelo Senac MS, que disponibiliza infraestrutura, suporte técnico, mentoria e acompanhamento pedagógico por meio do Núcleo de Inovação do Hub Academy.

O Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), apoia a iniciativa por meio de um convênio entre as instituições, que financia bolsas e fomenta projetos de inovação em diversos municípios.