“Falta educação”: comerciantes reclamam de rotina de acidentes na Rua da Divisão
Em 10 dias, a via já registrou dois acidentes; em um deles ciclista ficou com fratura exposta
Comerciantes da Rua da Divisão, próximas à rua Eva Perón, se tornaram telespectadores de imprudência e alta velocidade na via. Para quem está diariamente na região, a conscientização e a educação no trânsito é a única solução para o problema.
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Comerciantes e moradores da Rua da Divisão, em Campo Grande, reclamam da alta velocidade dos veículos na via, mesmo com a presença de semáforos. Dois acidentes recentes, incluindo um atropelamento, reforçam a preocupação com a segurança. Apesar da existência de um quebra-molas, motoristas ignoram os limites de velocidade, segundo relatos. Para moradores, a solução não está apenas em mais radares ou semáforos, mas sim na conscientização e educação no trânsito por parte dos condutores.
O assunto foi sugerido por leitor Cristian Morel que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas. O empresário conta que, apesar de haver semáforos na via, os motoristas trafegam a “milhão”. Ainda é detalhado que apenas neste início de mês já ocorreram dois acidentes, um deles nesta terça-feira (14) e outro na semana passada.
No acidente mais recente, um carro colidiu com um ciclista. O seu estado de saúde não foi informado. Já na semana passada, um pedestre ficou com fratura exposta após ser atropelado por uma moto.
“Na divisão motoqueira e carro saem embalados, até onde sei é uma via de no máximo 40 km/h. [Os motoristas] saem a milhão do sinaleiro em direção ao centro, pois o único quebra molas, que nem se pode chamar de quebra-molas, é perto do posto de gasolina, mais de 200 metros para frente”, relatou.
Aposentado, Paulo Soares, de 63 anos, utiliza a Rua da Divisão para andar de bicicleta. Para evitar ser vítima de um acidente, o idoso relata que evita trafegar pela via durante os horários de pico.
Mesmo evitando os horários onde o fluxo de veículos é mais intenso, Paulo diz que outros veículos já o fecharam. “O trânsito está meio caótico, o movimento é grande e bem intenso. [...] A gente tem que se cuidar”, disse.
O proprietário de uma frutaria, Irineu Ribeiro, de 64 anos, afirma que para a situação mudar não adianta instalar radares e nem semáforos. Para o empresário, a única forma de evitar novos acidentes é com os motoristas se conscientizando.
“Falta educação do povo. Não tem nada a ver com semáforo, é que o nosso trânsito é violento mesmo, o povo não tem educação. É só isso. [...] Culpam o trânsito, mas tem que culpar as pessoas, a maneira de pilotar, a maneira de dirigir. O limite de velocidade aqui é 60, mas passam a 100, 80”, explica.
O Campo Grande News procurou a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) por e-mail para falar sobre essa situação. Até o momento não houve nenhum retorno. O espaço segue aberto.
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