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Capital

Família de idosa com câncer teme reinternação em hospital após mortes

Renan Nucci | 25/09/2014 12:27
Jivago Pedro de Oliveira teme em deixar a mãe retornar às sessões de quimioterapia na Santa Casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Jivago Pedro de Oliveira teme em deixar a mãe retornar às sessões de quimioterapia na Santa Casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegada Ana Cláudia Medina relata que depoimento de idosa é peça chave nas investigações sobre três mortes. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegada Ana Cláudia Medina relata que depoimento de idosa é peça chave nas investigações sobre três mortes. (Foto: Marcos Ermínio)

A família de Margarida Isabel de Oliveira, 70 anos, está receosa em reinterná-la para tratamento de câncer na Santa Casa de Campo Grande. A mulher sobreviveu a reações adversas após sessões de quimioterapia no hospital. Na manhã desta quinta-feira (25), ela prestou depoimento à delegada Ana Cláudia Medina, na 1ª Delegacia de Polícia.

Segundo o comerciante Jivaldo Pedro de Oliveira, 38 anos, filho de Margarida, a mãe recupera dos graves efeitos colaterais sofridos durante o tratamento de um câncer colorretal, e agora aguarda um posicionamento da Santa Casa para retornar às sessões de quimioterapia. No entanto, ele se mostra receoso depois de tudo o que aconteceu. “A gente fica com um pé atrás por causa dessa situação. Estamos com receio de deixá-la voltar para a Santa Casa, mas ainda esperamos uma posição do hospital para sabermos onde ela será internada”, afirmou.

Margarida foi submetida a sessões de quimioterapia no mês de junho, mesmo período o qual foram atendidas Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, e Maria Glória Guimarães, 61 anos. As três também apresentaram reações adversas ao medicamento fluorouracil (5-FU), administrado no tratamento, mas não resistiram e morreram em seguida. A 1ª DP abriu quatro inquéritos para apurar os casos.

O de Margarida, especificamente, é investigado como lesão corporal, já que a idosa foi exposta a risco de vida. “O depoimento dela é importante pois pode trazer detalhes sobre como se deram os tratamentos. Durante a quimioterapia, ela teve contato direto com as outras vítimas e por isso, é peça fundamental no caso”, explicou a delegada, lembrando que a idosa participa dos inquéritos como vítima e testemunha.

Amanhã deve ser ouvida a médica do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, Núbia Carneiro, que prescreveu a medição à Margarida. “Ela possui mais detalhes sobre a idosa”, disse Medina. A delegada reforça ainda que já vislumbra o que pode ter causado as mortes, mas se limita a dizer apenas que foi erro humano. “Estamos próximos da conclusão, mas ainda é cedo para afirmações”, completou.

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