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Capital

Fim de semana acaba com 6 casos de violência contra crianças

Boletins de ocorrência dos casos foram registrados em regime de plantão na Deam

Guilherme Correia | 05/03/2023 20:16
Fachada da Casa da Mulher Brasileira, onde fica a Deam. (Foto: Paulo Francis)
Fachada da Casa da Mulher Brasileira, onde fica a Deam. (Foto: Paulo Francis)

Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) terminou seu primeiro final de semana com plantão para atendimento de casos de violência contra crianças e adolescentes com seis boletins de ocorrência registrados.

Uma das salas da delegacia foi adaptada para atender as vítimas com menos de 18 anos. A mudança foi uma decisão da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, após caso de menina de dois anos que foi estuprada e morta pelo padrasto.

Os casos serão atendidos no local de forma provisória e a expectativa é que uma sala especial seja construída no Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), até abril deste ano.

Local - Ainda sem estrutura e funcionando de maneira provisória, o local atende as crianças e adolescentes em uma sala simples, sem brinquedos e com um colchão. O delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, afirma que a expectativa é concluir o projeto na Cepol para recebimento do público alvo em até 45 dias. Segundo ele, a sala de depoimento especial, a ser construída no Bairro Tiradentes, exige alterações arquitetônicas.

“São necessárias mudanças pedagógicas, brinquedos, tapetes, sofás, papel de parede para crianças. O objetivo é criar um ambiente em que a criança esqueça que está numa delegacia de polícia, como se fosse uma brinquedoteca. O policial especializado vai conversando com a criança e vai sendo feito depoimento. É diferente do adulto, por exemplo", explica Gurgel.

Segundo o titular da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, há prioridade em atendimento aos finais de semana, uma vez que situações de violência são mais recorrentes nesse período e, caso as pessoas esperem até segunda-feira para o registro, podem ser coagidas ou convencidas pelos agressores a não apresentarem a denúncia.

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