“Foi horrível”, diz comerciante atingida por ônibus em bar na Afonso Pena
Vítima esperava amiga para ir embora quando se virou e viu o veículo em alta velocidade
Atingida pelo ônibus de turismo que invadiu o bar e restaurante Café Mostarda, na Avenida Afonso Pena, comerciante de 59 anos, descreveu a situação como “horrível”. O acidente aconteceu no início da noite de terça-feira (29), no momento em que a mulher já se preparava para sair do local. Ela sofreu escoriações no cotovelo, costas e rosto após parar embaixo do veículo.
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Uma comerciante de 59 anos foi atropelada por um ônibus de turismo que invadiu o bar Café Mostarde, em Campo Grande, na noite de terça-feira (29). Ela relatou que se preparava para sair quando o veículo, que transportava estudantes, veio em alta velocidade, atingindo mesas e a deixando presa embaixo do ônibus. Após ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, a comerciante foi levada à Santa Casa, onde exames descartaram fraturas. Ela planeja registrar um boletim de ocorrência e processar a empresa responsável, alegando que a motorista não acionou o freio de mão. A empresa afirmou que a condutora está em estado de choque e acompanha a situação.
Ao Campo Grande News, a comerciante relatou que estava no bar junto com algumas amigas que iriam jantar. Ela, no entanto, pediu a comida para levar para casa, porque não queria ficar ali.
“Eu pedi para o garçom preparar para levar. Paguei a conta e me levantei. Uma amiga minha pediu para que eu esperasse mais cinco minutos porque ela tinha que atender um cliente e o celular estava sem bateria. Eu sentei novamente”, afirmou a comerciante.
Segundos após se sentar, a comerciante relata que se virou e viu o ônibus de turismo usado para transportar estudantes de Ribas do Rio Pardo até a Capital, vindo em alta velocidade.
“Eu virei o rosto e vi ele vindo rápido. Eu só gritei ‘corre’. Não sei o que aconteceu, se eu me enrosquei na mesa, tropecei, só sei ele bateu nas árvores que tem ali na calçada e depois veio para cima de mim”, contou a mulher.
Com o atropelamento, a comerciante foi parar embaixo do ônibus e então começou a gritar para que fosse retirada. “Comecei a gritar ‘socorro, estou aqui embaixo’. Eu pensei que o ônibus ia explodir, ai me arrastei no chão, estava cheio de caco de vidro. Um médico que estava lá disse que eu não podia me mexer, mas eu não podia ficar ali embaixo”, pontuou.
A comerciante então foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para atendimento médico na Santa Casa onde passou por exames que descartaram fraturas. “Os médicos falaram que não sabiam como eu estava viva. Mas graças a Deus e aquelas árvores que não aconteceu nada pior. Foi uma coisa horrível, eu fiquei embaixo do ônibus. Nunca sentei naquela mesa, fico sempre do outro lado”, explicou.
Agora a comerciante vai procurar a delegacia para registrar um boletim de ocorrência, passar por exame de corpo de delito e então entrar com uma ação contra a empresa responsável pelo ônibus. Segundo ela, até o momento nenhum responsável a procurou para dar suporte e saber como ele está.
“Estava em uma velocidade gigantesca. Era para ter sido bem pior, tinha pessoas em todas as mesas. Senti a pancada de longe. Eu e meu advogado vamos atrás, foi uma irresponsabilidade, como deixa o ônibus assim sem freio de mão”, finalizou a comerciante.
Acidente - O caso aconteceu por volta das 18h50 de terça-feira. O ônibus estava na Rua Paraíba sentido bairro/centro quando atravessou a pista, subiu na calçada e bateu em quatro mesas do restaurante que teve parte da fachada destruída.
Ao Corpo de Bombeiros, a motorista de 27 anos relatou que deixou o veículo estacionado e ele começou a se mover sozinho. A suspeita é que ela tenha esquecido de acionar o freio de mão. Em nota a empresa Viatur alegou que a condutora está em estado de choque e que acompanha o caso, prestando suporte aos envolvidos.
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