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Capital

Inquérito que investiga assassinato de delegado fica sob segredo de justiça

Luciana Brazil | 02/07/2013 11:49
Inquérito fica sob segredo de justiça depois de quebra de sigilo telefônico. (Foto:Marcos Ermínio)
Inquérito fica sob segredo de justiça depois de quebra de sigilo telefônico. (Foto:Marcos Ermínio)

O inquérito policial que investiga a morte do delegado Paulo Magalhães, 57 anos, executado com cinco tiros na semana passada, está agora sob segredo de justiça. O delegado titular da DEH (Delegacia de Homicídios), Edilson dos Santos, que investiga o caso, solicitou a quebra de sigilo telefônico, o que deixa o inquérito sob sigilo total.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a partir de agora nenhuma informação poderá ser repassada.  Estava prevista para hoje a divulgação do vídeo que mostra a movimentação em frente á escola onde ocorreu o crime, mas as imagens ainda não foram liberadas.

Paulo foi morto no dia 25 de junho, em frente à escola da filha, na rua Alagoas, em Campo Grande. Ele aguardava a menina sair do colégio.

O delegado aposentado era professor universitário e tinha uma ONG (Organização Não Governamental) onde fazia denúncias envolvendo o poder público. Ele chegou a publicar um livro sobre instalação de câmeras clandestinas na Penitenciária Federal de Campo Grande.

No “Conspiração Federal”, censurado após a publicação, cinco agentes penitenciários denunciavam a existência da gravação de encontros íntimos dos presos e inúmeras outras irregularidades no local, a mando de juiz federal.

Dossiês: O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) confirmou a existência de dossiês, onde Paulo denúncia duas pessoas do judiciário. De acordo com o CNJ, as informações tramitam na Corregedoria do Conselho e são sigilosas.

Por enquanto, não podem ser fornecidos detalhes como identificação dos juízes e onde atuam. O CNJ também não confirma se os alvos das denúncias são de Mato Grosso do Sul.

Antes de ser assassinado, Paulo deixou 11 cópias dos dossiês com amigos, pois temia que fosse morto por causa das investigações. A Polícia Civil de Campo Grande já solicitou uma cópia ao CNJ.

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