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Capital

Investigadores citam envolvimento passional em morte de vítima de Nando

Processo discute envolvimento de mais duas pessoas no assassinato de Alex da Silva dos Santos; participação de garota é ponto-chave em depoimentos

Humberto Marques e Anahi Gurgel | 03/09/2018 17:38
Wagner participou da tomada de depoimentos nesta tarde no Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Wagner participou da tomada de depoimentos nesta tarde no Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Ao menos cinco testemunhas em mais um dos crimes atribuídos ao jardineiro Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, confirmaram perante a Justiça práticas do serial killer durante os assassinatos. Todos são policiais civis e depuseram em ação sobre a morte de Alex da Silva dos Santos, 18 anos, a qual teria ingredientes passionais e fim similar ao de outras vítimas –enforcadas, amarradas e enterradas de cabeça para baixo em covas profundas e estreitas em uma área do Jardim Veraneio, no norte da Capital.

Os depoimentos foram tomados na tarde desta segunda-feira (3), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Além de Nando, foram investigados por participação no crime Wagner Vieira Garcia e Ariane de Souza Gonçalves, que respondem às acusações. Os investigadores, em depoimento, reforçaram a tese de que um relacionamento anterior entre Alex e Ariane foi um dos motivadores.

Alex seria usuário de drogas e conhecido por cometer furtos na região do crime, tendo como vítima o próprio Nando –que teve tomadas de si algumas ferramentas. Além disso, o acusado seria alvo de provocações da vítima pelo fato de ter relacionamentos homossexuais –mesmo assim, Nando nutriria afeto por Ariane, de quem Wagner também gostava.

Diante de tais fatos, Nando e Wagner teriam combinado assassinar Alex, contando ainda com a colaboração de Ariane –que teria ajudado a atrair a vítima para o homicídio.

Segundo os depoimentos, Alex teria sido atraído com a promessa de que receberia dez “paradinhas” de drogas, indo com os três, na caminhonete de Nando, ao local onde ocorriam os crimes. Lá, o jardineiro e Wagner cometeram o assassinato, enterrando o corpo no local onde, ao todo, cadáveres e restos mortais de suas vítimas foram encontrados.

Em meio às investigações, Nando relatara onde estavam os corpos, porém, como enterrou as vítimas em uma mesma região, os policiais acabaram por localizar os restos de outros desaparecidos. Conforme uma as testemunhas, o autor “ganhou gosto pela morte” e enforcava suas vítimas por “não gostar de sangue”.

Serial killer – Nando já é alvo de dois julgamentos e suspeito de ter cometido 16 assassinatos, respondendo por relação direta com 13. Os corpos eram enterrados no Jardim Veraneio, mas as informações apontam que a maioria das mortes ocorreu no bairro Danúbio Azul.

Os crimes envolvem, ainda, diferentes parcerias. Em 29 de junho, foi condenado pelo primeiro assassinato: “Café” ou “Neguinho” –até hoje não identificado. O crime lhe rendeu condenação de 18 anos, ao lado de Jean Marlon Dias Domingos, que recebeu pena de 15 anos.

Em 21 de setembro, será julgado pela morte de Lessandro Valdonado de Souza, possivelmente morto em 1º de agosto de 2016 por Talita Regina de Souza (cunhada da vítima e que teria pedido que a vítima fosse morta depois a ver traindo o marido), Nando e Jean. Ele teria sido morto por asfixia no Veraneio.

Nando teria concordado em ajudar no crime porque Talita lhe arrumava encontros homoafetivos.

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