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Capital

Levantamento mostra que IMPCG aplicou R$ 1,3 milhão em banco que pode quebrar

Investimento representa 3,58% da carteira do IMPCG e envolve ações sem garantia de pagamento

Por Lucas Mamédio | 14/04/2025 19:43
Levantamento mostra que IMPCG aplicou R$ 1,3 milhão em banco que pode quebrar
Fachada do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) (Foto: Divulgação)

O Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) tem investido R$ 1,3 milhão em letras financeiras do Banco Master, instituição que está no centro de uma série de apurações do Ministério Público Federal, Banco Central e Tribunal de Contas da União. Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (14) pela Folha de S.Paulo, a aplicação representa 3,58% do total investido pelo fundo responsável pela aposentadoria de servidores municipais.

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O Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) investiu R$ 1,3 milhão em letras financeiras do Banco Master, que está sob investigação por órgãos como o Ministério Público Federal e o Banco Central. A aplicação, que representa 3,58% do total investido pelo fundo de aposentadoria dos servidores municipais, não tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos, expondo o fundo a riscos. O Banco Master enfrenta dificuldades financeiras e negocia a venda de operações ao Banco de Brasília. O Fórum de Representantes dos Servidores Municipais cobrou transparência do IMPCG sobre a política de investimentos, mas não obteve resposta. A rentabilidade acima do mercado foi um atrativo para o investimento, mas há preocupação com possíveis prejuízos caso o banco não honre seus compromissos.

Os títulos adquiridos não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que, em caso de inadimplência por parte do emissor, não há garantia de ressarcimento. O Banco Master enfrenta dificuldades financeiras e negocia a venda de parte de suas operações ao Banco de Brasília (BRB), processo que está sendo acompanhado por órgãos de controle por suspeitas de irregularidades.

Representantes cobram transparência - Em agosto de 2024, o Fórum de Representantes dos Servidores Municipais (FORSSA) enviou ofício à presidência do IMPCG cobrando esclarecimentos sobre a política de investimentos adotada naquele ano. O documento menciona possível desacordo entre as decisões do Conselho Deliberativo e os investimentos realizados, e solicita cópia da ata nº 31/CODPREV/2024, que teria tratado da deliberação sobre gestão de recursos. Porem, segundo apuração do Campo Grande News, não houve resposta.

A entidade também pediu detalhes sobre os contratos firmados com entidades gestoras e a lista de instituições financeiras que receberam aplicações do instituto entre 2023 e 2024.

Risco reconhecido - A oferta de rentabilidade acima do mercado foi o principal atrativo para a aplicação, segundo demonstram atas de fundos de outros estados que também aportaram recursos no Banco Master.

A reportagem procurou o IMPCG para confirmar as informações e questionar se há medidas sendo analisadas diante do cenário, mas ainda não obteve resposta.

Caso o banco enfrente problemas para honrar seus compromissos, o prejuízo recairá diretamente sobre o fundo que administra a aposentadoria dos servidores públicos da Capital.

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