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Capital

Líder do PCC e de rebelião na Máxima, "Tio Arantes" foge de presídio da Capital

José Cláudio Arantes é dono de extensa ficha criminal e condenações por roubo, tráfico de drogas e homicídios

Dayene Paz e Helio de Freitas | 23/11/2021 11:42
Tio Arantes é procurado pela Justiça. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Tio Arantes é procurado pela Justiça. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul e da maior rebelião que o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande já teve, José Cláudio Arantes, o ‘Tio Arantes’, de 66 anos, fugiu do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, na Capital, e agora, é considerado foragido da Justiça.

A fuga, de acordo com a Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), ocorreu na madrugada desta terça-feira (23). "O juiz ja foi comunicado e o serviço de inteligência da Agepen acionado, bem como contato com outras forças policiais", informou. Tio Arantes cumpria pena no regime semiaberto.

José Cláudio é dono de uma extensa ficha criminal e condenações por roubo, tráfico de drogas e homicídios. Em 2006, foi preso pela morte do advogado William Maksoud Filho, crime pelo qual já foi condenado. Meses depois, coordenou a rebelião que resultou na morte do interno Fernando Aparecido do Nascimento Eloá.

A rebelião começou em São Paulo, chegou a MS e se espalhou por quatro cidades do Estado, Corumbá, Dourados, Três Lagoas e na Capital. Mas foi na Máxima que a cena mais emblemática daquele 14 de maio de 2006 aconteceu. Grupo de presos do PCC em cima do telhado da unidade e nas mãos, uma cabeça decapitada e carbonizada, amarrada por uma camiseta.

Mesmo sendo identificado como a liderança do homicídio, ‘Tio Arantes’ cumpria pena no regime semiaberto, quando voltou a ser preso em 2010, desta vez, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), suspeito de comandar um esquema de tráfico de drogas de dentro da Colônia Penal.

Dois anos depois, o suspeito recebeu o benefício de progressão de pena e voltou para o semiaberto, até ser liberado e novamente preso em 2016. Em abril de 2017, foi novamente preso, desta vez, por tráfico de drogas, mas 12 dias depois, foi absolvido pelo crime e voltou às ruas. Então, voltou a ser preso em Campo Grande, por envolvimento com a explosão dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, dentro do Parque de Exposições Laucídio Coelho.

Em 2018, foi alvo da Operação Echelon, que cumpriu mandados em Mato Grosso do Sul contra o PCC. Na época, ele estava preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Além das várias passagens, ligações interceptadas durante a Operação Fénix, deflagrada pela Polícia Federal, provaram o envolvimento do suspeito, e de toda a família, com o traficante Luiz Fernando da Costa, o ‘Fernandinho Beira-Mar’, no período em que ambos estavam presos no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

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