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Capital

Mãe e acusado de estuprar menina de 11 anos vão a júri popular em setembro

Crime aconteceu na casa onde a criança morava, no Bairro Nossa Senhora das Graças

Aline dos Santos | 02/07/2023 16:06
Sepultamento de "Estrelinha", menina violentada e morta aos 11 anos. (Foto: Marcos Maluf)
Sepultamento de "Estrelinha", menina violentada e morta aos 11 anos. (Foto: Marcos Maluf)

Denunciado pelo estupro e morte de uma menina de 11 anos, Maykon Araújo Pereira, de 31 anos, será levado a júri popular em 6 de setembro. A mãe da criança também vai a julgamento. O entendimento é que o homicídio aconteceu durante o abandono de incapaz, pois a criança estava sozinha em casa.

A data do julgamento foi marcada pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, conforme documento datado de 28 de junho. O magistrado também determinou que a mulher de 40 anos fosse colocada em liberdade.

O crime aconteceu na casa onde a vítima morava com a mãe, de 39 anos, no Bairro Nossa Senhora das Graças, no dia 11 de dezembro de 2022. A menina, conhecida como Estrelinha, foi encontrada caída no chão da cozinha, com sinais de agressão física e violência sexual. O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou reanimar a vítima por cerca de uma hora, mas ela não resistiu.

A mãe da menina estava visivelmente alcoolizada e foi presa em flagrante pela Polícia Militar por deixar os filhos sozinhos, o que caracteriza crime de abandono de incapaz.

Maykon foi preso no dia 12 de dezembro por equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). “Não sou esse monstro. Peço perdão a Deus”, declarou no interrogatório.

Sobre o dia do crime, ele contou que saiu de casa por volta das 11h30 de domingo e foi para um bar. No caminho, teria se encontrado com a mãe da vítima, que o convidou para ir até a casa dela “mais tarde”. Ele era cliente da mulher de 40 anos e afirma que pagou para fazer programas sexuais com ela por seis vezes.

Ele já havia ido até a casa da mãe da menina em outra ocasião para usar drogas e disse que conhecia a garotinha, porque sempre que chegava à residência, ela saía com os irmãos.

Ainda no interrogatório, disse não se lembrar que horas chegou a casa onde cometeu o crime. Ele contou que havia bebido muito e decidiu entrar pelos fundos do imóvel, porque “a porta estava aberta”. Disse ainda que a criança se assustou e começou a gritar. Segundo ele, por isso, deu um soco no rosto da menina. Maykon negou o estupro, mas laudos comprovaram que a menina sofreu violência sexual.

Na madrugada de sábado (dia 1º), a mãe da menina foi levada para a delegacia após tentar invadir uma casa e se passar por outra pessoa, no Bairro Parque dos Novos Estados.

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