Casa de acumulador vive cercada de lixo que bloqueia calçada e revolta vizinhos
Prefeitura diz que morador foi notificado e promete nova ação de limpeza no imóvel na próxima semana
Uma casa completamente cercada por lixo, móveis quebrados e restos de materiais vem tirando o sossego dos vizinhos na Rua Clevelândia, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O imóvel pertence a um homem cuja identidade será preservada, apontado por vizinhos como acumulador. Segundo relatos, ele vive sozinho e recusa qualquer tipo de ajuda ou diálogo.
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Em Campo Grande, uma residência na Rua Clevelândia, no bairro Aero Rancho, tem causado transtornos aos vizinhos devido ao acúmulo excessivo de lixo e entulhos. O proprietário, que vive sozinho, recusa ajuda e mantém a situação há cerca de 20 anos, com o problema se agravando nos últimos dois anos. O caso já é conhecido por autoridades locais, incluindo agentes de saúde e polícia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que realizará nova ação de limpeza após recentes notificações ao morador pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais e Vigilância Ambiental. Vizinhos relatam presença de animais peçonhentos e preocupação com a saúde pública.
O cenário de abandono se arrasta há anos, segundo vizinhos. Pilhas de entulho tomam não apenas o quintal da casa, mas também a calçada, obrigando pedestres a se arriscarem na rua. Moradores afirmam que o caso já é conhecido por agentes de saúde, prefeitura e até mesmo pela polícia, mas nenhuma medida foi definitiva.
“Acho que lá dentro já não tinha mais espaço, aí ele começou a jogar pra fora. E agora a gente vive com essa montanha de lixo bem na frente, onde deveriam passar pessoas”, relata uma professora de 30 anos, que mora na mesma rua e teme pela segurança da filha de um ano e meio. “Já vi rato, escorpião e até iguana passando aqui. E ele não escuta ninguém. Se tenta conversar, ele já te ataca com palavras.”
Segundo ela, a situação sempre foi delicada, mas se agravou nos últimos dois anos, quando o lixo passou a ocupar a parte externa da casa. Tentativas de acionar familiares do morador já foram feitas, mas ninguém se responsabilizou. “Ele não aceita ajuda, nem da prefeitura, nem da polícia, nem da assistência social. Vive isolado, com vários gatos se reproduzindo no meio do lixo.”
Do outro lado da rua funciona um pequeno comércio, onde o acúmulo também gera prejuízo. “Estraga o ponto. O cliente senta aqui e logo vê barata vindo daquele monte de entulho. Já entrou rato aqui dentro”, relata o empresário de 19 anos.
A situação tem tirado o sono de quem vive no entorno. Moradores relatam preocupação com a saúde pública e com a presença de animais peçonhentos, principalmente para quem tem crianças pequenas em casa. “Cada um vive como quer, mas quando coloca a vida dos outros em risco, porque isso aí é questão de saúde pública, não é mais questão de escolha”, resume a professora.
Por trás do portão, quase que isolado do mundo por um sofá estragado, o homem que vive na casa atendeu a reportagem. Disse apenas que passa por um momento difícil e que prefere não falar sobre o assunto.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que o endereço citado já recebeu ações de limpeza em outras ocasiões. Contudo, nova vistoria identificou acúmulo recente de materiais como folhas, lixo e madeira na área externa do imóvel. O morador foi novamente notificado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) e pela Vigilância Ambiental. Uma nova ação de limpeza está programada para a próxima quarta-feira (16).
A pasta reforçou ainda a importância da colaboração da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, evitando o acúmulo de resíduos e mantendo quintais e terrenos limpos.
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