Moradores se revoltam após PM matar homem no “Carandiru”
A Polícia Militar chegou a se armar com spray de pimenta e balas de efeito moral
Após a morte do Clayton Souza de Lima, moradores da invasão conhecida como “Carandiru” ficaram revoltados com a presença da Polícia Militar no local. Clayton foi baleado, segundo a PM, após atacar policiais com uma faca. A equipe estava no local para dar reforço à operação contra furtos executada pela 3ª DP na manhã desta quinta-feira (9), na Rua Jamil Basmage, região da Mata do Jacinto, em Campo Grande.
Após a confirmação da morte, familiares e amigos do homem começaram a protestar dizendo que Clayton não reagiu e recebeu tiro à queima-roupa.
Em entrevista ao Campo Grande News, a sobrinha de Clayton, Thainara Souza, de 23 anos, contou que nenhum documento foi mostrado a eles pela Polícia Civil ou pela PM. “Ninguém mostrou mandado para entrar aqui. Isso aqui é uma área particular que a própria prefeita já havia dito antes”, comentou a mulher. “Hoje mataram o meu tio, mas amanhã pode ser outro”, pontou Thainara.
Ainda em entrevista, a sobrinha disse que tem testemunhas que viram que os tiros foram à queima-roupa, mas que estão com medo de falar por conta dos policiais que ainda estão no local.
A dona de casa Leidemara Arruda, 26 anos, reclamou da forma como a comunidade foi abordada. “Moramos aqui porque precisamos, a gente também é ser humano. Ele não pode entrar desse jeito porque aqui também tem criança, poderiam ter atingido alguma criança”, comentou a moradora.
Com os ânimos exaltados, os policiais militares chegaram a se armar com spray de pimenta e balas de efeito moral. Mas os moradores se acalmaram e não foi preciso a intervenção
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