Morta em batida de moto em caminhão planejava festa de 20 anos
Laura Beatriz Carvalho Leite completaria 20 anos no dia 9 de setembro. A garota que sonhava estudar Administração de Empresas se mostrava animada com a data e planejava uma festa de comemoração com os amigos, relata o chefe dela, Hemerson Sampaio Nogueira, 41 anos, empresário do ramo automotivo que falou em nome da família.
Os planos foram interrompidos por volta das 7h30 de ontem, quando ela e o namorado Renan Ferreira Bastos, 23 anos, foram atingidos por um caminhão-báu no bairro Mata do Jacinto. As vítimas estavam de moto, foram atiradas ao solo e sofreram ferimentos graves. Laura chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas morreu antes de dar entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino. Renan segue internado.
Hermerson diz que foi informado sobre o acidente por telefone, e que ficou estarrecido. Ele é amigo da família e conhecia Laura desde que ela tinha seis anos. “É uma perda imensa. Laura sempre foi uma excelente pessoa, muito comunicativa e o tempo todo de bem com a vida. Ela era uma funcionária exemplar e trabalhava comigo como auxiliar administrativo há pouco mais de uma ano”, relata o empresário.
Ele ainda lembrou que, pelo fato de Laura ser uma profissional competente, a incentivava para que continuasse estudando. “A menina estava terminando o ensino médio e se preparava para fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Queria cursar administração de empresas. Eu apoiava, pois queria que ela crescesse profissionalmente também”, explicou.
Durante o velório, as irmãs, Jane e Janielli da Silva, o pai, Domingos, e a madrasta de Laura estavam em estado de choque e mal conseguiam se pronunciar. No ano passado ela havia perdido a mãe, situação que agravou ainda mais a dor da família, afirma Edilaine Mansueto, 35 anos, cunhada da vítima e esposa de Hemerson. “Todos gostavam dela. Ela tinha muitos amigos e era muito querida. O momento é delicado, pois ainda não acreditamos no que aconteceu”, conta.
Edilaine lembrou-se de como Laura era atenciosa com os sobrinhos de dois e quatro anos. “Ela sempre ajudou as irmãs e cuidava como ninguém de seus sobrinhos, tinha uma forte ligação com as crianças. Um dia antes de morrer, tomamos um tereré no horário de almoço. Ela passou em casa, brincou um pouco com as crianças e depois se despediu”, completa.
O perfil de Laura em uma rede social está repleto de mensagens de despedida por parte de amigos e parentes. O sepultamento acontece no cemitério Memorial Park.