ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, QUARTA  10    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Mulher com fibromialgia entra na Justiça para receber canabidiol

Defensoria venceu caso em 2ª Instância e, até o momento, Governo Estadual não cumpriu a decisão judicial.

Por Kamila Alcântara | 10/09/2025 19:05
Mulher com fibromialgia entra na Justiça para receber canabidiol
Imagem mostra óleo a base de canabidiol (Foto: Reprodução)

Uma campo-grandense de 55 anos, paciente com fibromialgia, busca na Justiça o fornecimento gratuito de um medicamento à base de canabidiol para seu tratamento. O remédio, que custa cerca de R$ 2 mil por mês, foi recomendado por laudo médico após a paciente não apresentar melhora com as alternativas do SUS (Sistema Único de Saúde).

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Paciente com fibromialgia busca na Justiça acesso a medicamento à base de canabidiol, cujo custo mensal é de R$ 2 mil. A Defensoria Pública, representando a paciente de 55 anos, obteve tutela antecipada que obriga o governo estadual a fornecer o medicamento, mas a decisão não foi cumprida.Diante do descumprimento, a Defensoria solicitou o cumprimento da sentença e o sequestro de verbas públicas para garantir o tratamento. Laudo médico atesta a necessidade do canabidiol e os riscos da interrupção do tratamento. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não se manifestou sobre o caso.

A Defensoria Pública do Estado, que atende a mulher, já havia conseguido uma tutela antecipada em segunda instância que obriga o governo estadual a fornecer o tratamento. No entanto, diante do descumprimento da decisão, o órgão solicitou à Justiça, nesta semana, o cumprimento da sentença e o sequestro de verbas públicas para garantir o pagamento.

“Em virtude da gravidade da doença, é necessária a intervenção do Poder Judiciário para que a paciente tenha assegurado seu direito líquido e certo a todos os meios que lhe garantam a possibilidade de tratamento”, explicou Hiram Nascimento Cabrita de Santana, defensor público que atua no caso.

O laudo médico anexado ao processo destaca que o uso contínuo do canabidiol é crucial para a paciente e aponta que a falta do medicamento pode até mesmo colocar sua vida em risco.

O defensor Nilton Marcelo de Camargo criticou a inércia do Estado. “Exigir que a assistida continue a fazer uso de medicamentos que são comprovadamente ineficazes para o seu quadro clínico, além de ser contraproducente, representa verdadeira pena de tortura”, protestou.

A reportagem questionou a SES (Secretaria Estadual de Saúde) sobre esse caso, mas ainda não houve retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.