Na calada da noite, casa de madeira em área de desova de corpos é incendiada
Situação que deixou vizinhos mais assustados do que já estavam com a descoberta de corpos enterrados no local
Na madrugada desta quinta-feira (12), casebre de madeira localizado em área tratada pela polícia como cemitério clandestino de facção criminosa foi incendiado. A situação que deixou vizinhos mais assustados do que já estavam com a descoberta de corpos enterrados no local.
Dona da casa de 23 anos, Gabrielly Dantas dos Santos conta que estava domingo quando, por volta das 4h de hoje, acordou com os estampidos provocados pelo fogo na madeira. “Saí para ver o que estava acontecendo e meu vizinho já estava tentando apagar. Meu marido ligou para os bombeiros”.
A morada revela que o Corpo de Bombeiros foi até o local para conter as chamas que ameaçavam espalhar pela mata. “É uma coisa que nunca aconteceu por aqui. A gente ficou um pouco assustado”.
Cemitério – A investigação sobre a existência de cemitério clandestino em área de brejo no Bairro Santo Eugênio está a cargo da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aso Crimes de Homicídio), que em julho descobriu dois corpos enterrados no local.
Análise feita no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) apontou que é do sexo masculino a primeira descoberta no local. A investigação aponta ainda que ele foi morto com golpes do que aparentam ser pauladas ou pedradas. Os ossos agora estão em análise para que a polícia tente identificar a vítima.
De acordo com o delegado Carlos Delano, titular da DEH, “detector de cadáver”, equipamento criado por perito de Mato Grosso do Sul, apontou o local exato onde os restos mortais estavam e também indicou a presença de outros dois pontos, um deles, onde foi localizado um corpo em decomposição uma semana depois após a primeira descoberta.
Os dois restos mortais estavam a cerca de 30 metros de distância um do outro. Ainda não há detalhes sobre a identificação da segunda vítima, mas aparentemente, ela foi morta com tiro na cabeça. A polícia acredita que o local seja usado para esconder os mortos dos chamados “tribunais do crime”, julgamentos sumários praticados por facções.
O delegado soube do incêndio na casa de madeira, mas preferiu não comentar o assunto por enquanto para não atrapalhar as investigações.