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Capital

Na pressão por reajuste, 1.400 médicos cruzam o braços em primeira greve

Aline dos Santos | 06/05/2015 07:22
UPA, como a do Coronel Antonino, terá 30% do efetivo de médicos. (Foto: Marcos Ermínio)
UPA, como a do Coronel Antonino, terá 30% do efetivo de médicos. (Foto: Marcos Ermínio)

Os 1.400 médicos que atendem na rede pública municipal de saúde cruzaram os braços em Campo Grande. A primeira greve dos profissionais começou nesta quarta-feira, dia 6, e não tem prazo para acabar. De acordo com o SinMed/MS (Sindicato dos Médicos), a categoria cobra reajuste salarial e dos plantões, além da revogação do decreto que corta as gratificações dos profissionais.

A prefeitura informa que não dispõe de recursos para aumentar salários e entrou na Justiça contra a paralisação. O prefeito Gilmar Olarte (PP) declarou ontem que poderá punir os servidores grevistas com corte de ponto e até demissão.

Conformes o sindicato, deve ser mantido 30% do atendimentos nas unidade 24 horas, que são as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde).

Segundo o SindMed, a remuneração inicial é de R$ 2.580 e com cortes das gratificações, além dos descontos dos tributos, o pagamento será inferior a R$ 2 mil por 20 horas semanais. Com gratificações, o valor sobe para R$ 5 mil.

Conforme a Federação Nacional dos Médicos, o piso da categoria é de R$ 11.756 por 20 horas. Comparando ao valor pago na rede pública de saúde do município, o reajuste seria de 355% para alcançar o piso. Porém, a categoria pede reajuste pelo menos acima da inflação.

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