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Capital

No velório de Fabiana, grito de "desgraçado!" acompanha fechamento de caixão

Fabiana Lopes dos Santos foi morta com 19 facadas e principal suspeito é ex-marido, que havia matado a mãe dela, em 2018

Silvia Frias e Mirian Machado | 06/12/2020 10:41
Familiares e amigos no sepultamento de Fabiana Lopes, morta a facadas (Foto: Marcos Maluf)
Familiares e amigos no sepultamento de Fabiana Lopes, morta a facadas (Foto: Marcos Maluf)

Em domingo nublado e na presença de cerca de 60 pessoas, o corpo de Fabiana Lopes dos Santos, 37 anos, foi sepultado esta manhã, no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande. Familiares e amigos optaram pelo silêncio, quebrado pelos prantos e hino de louvor como homenagem.

Fabiana foi assassinada com 19 golpes de faca, na noite de sexta-feira (4), no Parque Lageado. O principal suspeito é o ex-marido, Wantuir Sonchini da Silva, 43 anos, que, em 2018, já havia matado a ex-sogra, Alzair Bernardo Lopes, 59 anos, mãe de Fabiana.

O velório durou apenas 2h, conforme as novas regras impostas pela covid-19. Do lado de fora da capela, grupo de 5 mulheres cantava hino de louvor em homenagem à Fabiana.

No momento em que o caixão foi fechado, uma mulher gritou “desgraçado!” e chorou.

Em silêncio, o grupo acompanhou o carro até a cova aberta, o mesmo enquanto o caixão era baixado e a sepultura lacrada.

Fabiana havia pedido medida protetiva contra o ex (Foto/Arquivo pessoal)
Fabiana havia pedido medida protetiva contra o ex (Foto/Arquivo pessoal)

Familiares e amigos não quiseram falar com a imprensa.

Caso – Fabiana foi morta a golpes de faca que a atingiram no ombro, tórax e um dos braços. O corpo foi encontrado na Rua Eveline Selingardi, a 300 metros da UTR (Usina de Triagem de Recicláveis). Testemunhas disseram que ela estava discutindo com o homem.

O suspeito é o homem que matou a mãe de Fabiana, o ex-marido. Wantuir foi julgado no dia 15 de outubro do ano passado, mas foi considerado inimputável pelos jurados, ou seja, não tinha condições plenas para ser responsabilizado pelos atos, por conta de transtorno mental.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, determinou como medida de segurança a internação do réu por um prazo mínimo de 1 ano. O homem foi solto em setembro e voltou a se aproximar de Fabiana.

Em novembro, Fabiana procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) dizendo que estava sendo ameaçada por ele, pois não quis reatar o casamento de 18 anos. Pediu medida protetiva contra ele. Morreu na noite de sexta-feira (4).

Caixão levado para sepultamento, no Memorial Park (Foto: Marcos Maluf)
Caixão levado para sepultamento, no Memorial Park (Foto: Marcos Maluf)


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