Novo núcleo municipal vai monitorar demandas de mães atípicas
Estrutura foi anunciada durante audiência sobre falta de remédios e deve ser publicada no Diogrande
A Prefeitura de Campo Grande vai criar um núcleo específico para atender mães atípicas, grupo formado por mulheres que cuidam de filhos com deficiência, transtornos do desenvolvimento ou doenças raras. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (13) pela coordenadora do Comitê Gestor de Saúde, Ivoni Kanaan Nabhan Pelegrinelli, durante audiência pública sobre a falta de medicamentos no SUS (Sistema Único de Saúde), realizada no plenário da Câmara Municipal.
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A Prefeitura de Campo Grande anunciou a criação de um núcleo específico para atender mães atípicas, que cuidam de filhos com deficiência, transtornos do desenvolvimento ou doenças raras. O anúncio foi feito pela coordenadora do Comitê Gestor de Saúde durante audiência pública sobre a falta de medicamentos no SUS. O novo setor contará com equipe multidisciplinar para monitorar demandas por fraldas, dietas e medicamentos. A iniciativa surge em resposta às reivindicações das famílias que enfrentam dificuldades no acesso a insumos básicos pelo Sistema Único de Saúde, comprometendo a saúde e o bem-estar das crianças.
A medida atende a uma solicitação direta da prefeita e busca dar resposta às reivindicações dessas famílias. Segundo Ivoni, o novo núcleo contará com um coordenador, um assistente social e outros profissionais responsáveis por acompanhar as demandas das mães. O grupo vai monitorar pedidos de fraldas, dietas, medicamentos e outros insumos usados por crianças que precisam de cuidados contínuos.
A coordenadora explicou que o texto de criação da estrutura já foi concluído e deve ser publicado no Diogrande (Diário Oficial do Município) ainda nesta segunda-feira ou na manhã de terça-feira (14).
“O núcleo vai acompanhar de perto todas as solicitações, desde as compras de fraldas e dietas até o contato direto com as famílias”, afirmou Ivoni. Segundo ela, a criação do setor foi um pedido da prefeita e faz parte das ações para melhorar a gestão dos insumos e fortalecer o diálogo com o grupo.
Durante a audiência, mães que dependem do SUS usaram o plenário para relatar a falta de itens básicos e a dificuldade para manter os cuidados com os filhos. Camila Latre Dias, de 40 anos, mãe de Isadora, de 12, que usa fraldas diariamente, fez um apelo emocionado aos representantes da Prefeitura. “Infelizmente, milhares de mães dependem do SUS e estão sofrendo, com os filhos à deriva. E não tem ninguém pra bater palma pra gente, confundir e provocar mais sofrimento. Nossa causa é desmoralizada e nos invalidam sempre. Isso dói”, disse.
Camila afirmou que a ausência de insumos compromete a saúde e o bem-estar das crianças. “Não tem como falar de saúde mental com falta de dieta, medicamentos e fraldas. Pedimos pro Comitê nos atender, eu suplico, fale alguma coisa. Estamos cansadas, doentes. Não temos ninguém pra cuidar dos nossos filhos”, completou.
A criação do núcleo ocorre em meio às discussões sobre a falta de medicamentos na rede pública de saúde, tema central da audiência.
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