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Capital

Organização de protesto petista estima público 650% maior que a PM

Enquanto organizadores falam em 3 mil, PM estima 400 participantes

Bianca Bianchi e Viviane Oliveira | 18/03/2016 19:25
Protesto foi em rua ao lado da sede da TV Morena, em Campo Grande (Foto: Antonio Marques)
Protesto foi em rua ao lado da sede da TV Morena, em Campo Grande (Foto: Antonio Marques)

Três horas depois do início do protesto pró-PT e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na tarde desta sexta-feira (18), próximo à sede da TV Morena, em Campo Grande, a estimativa de público chama atenção pela discrepância entre os números divulgados pelos organizadores e pela Polícia Militar (PM): enquanto a organização fala em 3 mil pessoas, a PM estima 400 participantes. Uma diferença de 650%.

Até o início da noite, a Polícia Militar não havia repassado estimativa de público e a organização, que havia estimado 5 mil, diminuiu o número para 3 mil pessoas. Pelo menos duas quadras da Rua Santana, no bairro Vilas Boas, estão fechadas para a manifestação, que ocupa apenas metade do espaço reservado.

Protesto – A concentração de pessoas ao lado da sede da TV Morena, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul teve início às 16h. O protesto, que reúne lideranças petistas, de partidos, sindicatos e movimentos sociais aliados, é oficialmente “em favor da democracia e contra o golpe”, como chamam eles o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

Toda a cúpula estadual petista participa do ato. Além do deputado federal Zeca, participaram do protesto os deputados estaduais Pedro Kemp, Cabo Almi, Amarildo Cruz, o vereador Marcos Alex, além do presidente regional do Partido dos Trabalhadores, Antônio Carlos Biffi.

“A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura” e “não engana mais, a Rede Globo quer vender a Petrobras” são alguns dos gritos de ordem proferidos no protesto pró-PT.

Manifestações a favor do governo e da democracia acontecem em pelo menos outros 25 estados.

Outros protestos – A sexta-feira foi marcada por pelo menos outros dois protestos em Campo Grande. No início da tarde, comerciantes fecharam a porta dos estabelecimentos por uma hora, em protesto contra o governo do PT. Eles pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff e, segundo os organizadores, 400 lojas do centro da cidade aderiram ao protesto. O ato foi convocado ontem pela CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

Às 14 horas, uma carreata antipetista reuniu 150 caminhões e veículos de passeio, que saiu da Avenida Afonso Pena, em frente à Cidade do Natal, seguiram sentido Centro, desceram a a Rua Pedro Celestino até a Avenida Fernando Corrêa da Costa, por onde seguiram até a Rua Ceará e depois pela Rua Joaquim Murtinho e Ministro João Arinos.

Por conta dos protestos a favor do governo marcados para hoje, a manifestação contrária, que acontece há três dias em frente à sede do Ministério Público Federal, na avenida Afonso Pena, perdeu força e reúne pouco mais de 30 pessoas que empunham bandeirinhas do Movimento Avança Brasil. De acordo com organizadores da manifestação, não há uma programação para a noite de hoje.

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