Pai pede “grandeza”, mas Saúde mantém intervalo maior de 2ª dose a adolescentes
“A gente está vivendo um pesadelo há meses, seria um peso menor para milhares de pais”
Pai de adolescente, o jornalista Paulo Renato Coelho Netto dá voz à preocupação que ronda muitos pais: o prazo de 12 semanas para imunizar adolescentes com a segunda dose da vacina. O intervalo de tempo é quatro vezes maior do que antes. Contudo, a Saúde segue irredutível.
“Espero que tenham grandeza de rever isso. Não é um público tão expressivo. A gente está vivendo um pesadelo há meses, seria um peso menor para milhares de pais nesse Estado, que teriam tranquilidade para deixar seu filho na escola”, afirma Paulo.
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Ele relata que o filho de 12 anos tomou a primeira dose em 24 de agosto, portanto, viu frustrada a expectativa de vê-lo completamente imunizado nos próximos dias. Os adolescentes são vacinados com o imunizante da Pfizer.
Na noite de ontem, o Ministério da Saúde voltou a liberar a vacinação deste público. Hoje, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) informou que orienta os municípios a aplicarem a segunda dose da Pfizer em adolescentes no prazo de até doze semanas da primeira dose, a depender do quantitativo recebido. A indicação é dar prioridade à aplicação da dose de reforço em idosos e pessoas com doenças autoimunes.
Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a partir de hoje, seguirá o prazo de 12 semanas, conforme orientado pela SES.
Dados divulgados na quarta-feira pela Sesau mostram que 54.312 adolescentes de 12 a 17 anos foram vacinados em Campo Grande. O total representa 90% do público estimado. Mas somente 11.110 já receberam a segunda dose e estão completamente imunizados.