Para mulheres, critério de escolha dos conselheiros é feita por "confiança"
Com maioria do eleitorado composto por mulheres, votantes dizem não escolher desconhecidos para cargo
Com maioria do eleitorado composto por mulheres, a escolha dos novos conselheiros tutelares é feita por confiança e afinidade na Capital. Critérios levados a sério para as eleitoras que votaram na Escola Municipal Professor Licurgo de Oliveira Bastos, no bairro Vila Nasser. As votações acontecem até às 17h em 56 zonas eleitorais.
À reportagem, Ozélia Sales Soares, de 59 anos, explica que a candidata escolhida é alguém que já faz parte do convívio social da aposentada. Para ela, confiança e afinidade são fatores determinantes. “A gente tem que colocar gente que vai lutar pelas crianças. A minha candidata é uma pessoa digna, amiga, parceira. Que quer lutar pelas crianças, pela família. Essa amizade conta muito na hora de escolher”.
Ela acrescenta que também votou nas últimas eleições e estimula a participação da comunidade. “É uma oportunidade que a gente tem de correr atrás, é um direito nosso, a gente tem que correr atrás pelas crianças, tem que votar, é um direito nosso”.
Angela Maria Ferreira, de 62 anos, compareceu na escola para votar em alguém conhecido. A escolha é por uma candidata que participa de trabalhos voluntários com crianças na igreja das filhas.
“Trabalha no departamento infantil da igreja, então ela sabe a necessidade das crianças, sabe que elas tem muitas com problemas sérios na família, que precisam de alguém assim, que ame, valorize a família, pessoas que tem realmente amor pelas crianças, é assim que a gente escolhe”.
A dona de casa pontua que as crianças não são apenas o futuro do país, mas o presente, portanto, há necessidade de zelo no ‘agora'. “O papel do conselheiro é cuidar do bem-estar da criança. A gente fala que elas são o futuro do Brasil, eu acho que é são o presente, então tem que valorizar. O que acontece hoje impacta no futuro, por isso a gente tem que ter essa responsabilidade e ajudar de alguma maneira”.
Maria Aparecida Trindade, de 57 anos, prioriza que os conselheiros sejam pessoas que tenham filhos e conheçam ambientes familiares complexos. “o meu candidato é um pai de família, então eu acho que votar em uma pessoa assim, que já conhece a situação das crianças hoje em dia, acredito que é uma pessoa que trabalha muito bem nessa área”.
Sem filhos, mas com um sobrinho pequeno, ela também preza pela afinidade com o candidato e confiança. “A gente vê muita coisa acontecendo hoje em dia. Eu tenho um sobrinho pequeno, mas temos que pensar não só nele, mas nos filhos de outras pessoas. Se eu voto em uma pessoa estranha não sei se tem essa capacidade toda, então prefiro votar em alguém que conheço”.
Confira os locais de votação em Campo Grande:
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