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Capital

Pedreiro que manteve família presa por 22 anos já está livre

Ângelo da Guarda Borges, 60 anos foi solto em maio deste ano

Guilherme Henri | 18/09/2017 20:05
Ângelo da Guarda Borges, 60 anos (Foto: Arquivo Campo Grande News/Graziela Rezende)
Ângelo da Guarda Borges, 60 anos (Foto: Arquivo Campo Grande News/Graziela Rezende)

Embora tenha mantido a família em cárcere privado por mais de duas décadas, o pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 60 anos, está de volta as ruas desde o dia 31 de maio deste ano.

O caso ganhou repercussão nacional, pois além da “prisão domiciliar”, que não tinha sequer banheiro, o pedreiro constantemente ameaçava os filhos e a mulher de morte, os impedia de ter contato com qualquer pessoa, inclusive da família e de ainda de ter quebrado o braço do filho de 3 anos.

As barbáries só vieram à tona em dezembro de 2013 graças à denúncia feita por uma agente de saúde que visitou a casa e descobriu a situação desumana. Em 2015, Cira da Silva, então ex mulher do pedreiro morreu devido a um câncer.

Condenado - Ele foi condenado em junho de 2014 pela 2ª Vara de Violência Doméstica pelos crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal e ameaça, em relação à mulher.

Conforme a Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário), Angêlo foi preso logo após a descoberta dos crimes, no dia 18 de dezembro de 2013 e ficou na cadeia até o dia 10 de junho do ano seguinte, quando conseguiu progressão do regime. E no dia 19 de fevereiro de 2015 saiu de condicional.

No mesmo ano, o pedreiro foi condenado pela 7ª Vara Criminal nos delitos de maus tratos e de constrangimento ilegal em relação a seus quatro filhos.

Ele foi novamente preso no dia 6 de outubro do ano passado, e colocado em liberdade em maio deste ano.

Indenização – Embora esteja fora da prisão, o pedreiro foi condenado a indenizar os filhos em R$ 100 mil, por danos morais, pelas condições desumanas que os obrigou a viver por tanto tempo.

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