Delegada pede prisão preventiva para pedreiro que mantinha família em cárcere
O pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 58 anos, que manteve a família em situação de cárcere e liberdade restrita, deve ter a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Segundo a delegada responsável pelo caso, Rosely Molina, da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ele deve ficar detido até o caso ser julgado.
“Fiz o auto de prisão em flagrante e representei pedindo a conversão para preventiva. Uma hora dessas já deve ter sido aceito”, disse. Ângelo foi indiciado por três crimes: sequestro e cárcere privado; lesão corporal; e ameaça.
Ainda conforme Molina, o inquérito policial está em andamento e deve ser concluído em 10 dias corridos, ou seja, até 29 de dezembro. “Estou aguardando a juntada do relatório psicossocial do Centro de Atendimento à Mulher e do abrigo para concluir o inquérito. Também preciso ouvir alguns parentes e vizinhos”, revelou.
Até o momento, o pai da vítima, uma vizinha e uma ex-patroa da dona de casa foram ouvidos pela polícia.
Acusado – Ângelo manteve, por 22 anos, a esposa Cira da Silva, 44, e quatro filhos, de 15, 13, 11 e 5 anos, em situação de cárcere privado. Segundo relatos, ele espancava a família todos os dias e dava apenas arroz para as crianças comerem.
A mulher e os filhos estão abrigados em uma casa de apoio do Estado. Eles devem permanecer no abrigo por um prazo de até 90 dias. De lá, a família deve seguir para a casa de Adão da Silva, 73 anos, pai de Cira e avô das crianças.