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Capital

Ex-patroa de vítima de cárcere privado diz: “todo mundo sabia”

Vinícius Squinelo | 19/12/2013 21:11
Cira mostra as marcas da violência
Cira mostra as marcas da violência

Regina Ramos, 57 anos, conheceu Cira da Silva, 44, antes dela se casar com e acabar virando vítima de um dos casos de violência mais impactante de Mato Grosso do Sul. Cira, e quatro filhos, foram mantidos por 22 anos em cárcere privado, além de sofrer espancamentos e ameaças diárias.

Segundo Regina, que era patroa de Cira, ela pediu demissão justamente para se casar, mesmo com os alertas de que Ângelo da Guarda Borges, 58 anos, era violento.

“Todo mundo sabia, mas todos tinham medo de denunciar”, lamentou Regina. “O Ângelo ameaçava todo mundo que tinha contato, até familiares”, emendou.

A fala da ex-patroa é parecida com a de vizinhos. Na rua onde moravam, no Jardim Aero Rancho, todos afirmavam que os espancamentos e ameaças eram diários, mas ninguém denunciava por medo do pedreiro.

Ângelo manteve por 22 anos a esposa, Cira da Silva, 44, e quatro filhos, de 15, 13, 11 e 5 anos, em situação de cárcere privado. Segundo relatos, ele espancava a família todos os dias, e dava apenas arroz para as crianças comerem.

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