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Capital

Polícia encontra casa usada como esconderijo por guarda que matou 2

Durante ações de combate à violência contra a mulher, equipes foram em endereço onde o assassino Maxelline e Steferson estava

Geisy Garnes e Maressa Mendonça | 05/03/2020 14:28
Farda do guarda municipal foi encontrada em imóvel (Foto: Polícia Civil)
Farda do guarda municipal foi encontrada em imóvel (Foto: Polícia Civil)

Equipes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul foram as ruas nesta quinta-feira, 5 de março, para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra autores de violência contra a mulher. Em Campo Grande, o foco das ações é a prisão do guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, de 35 anos, foragido desde o dia 29 de fevereiro por matar a ex-mulher Maxelline da Silva dos Santos e o amigo dela, Steferson Batista de Souza.

Na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, policiais civis de 18 estados brasileiros e do Distrito Federal, realizam a Operação Marias, com foco no combate aos crimes contra mulheres.

Ao Campo Grande News, a delegada Sueyli Araújo, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), explicou que na Capital o objetivo da operação é localizar Valtenir. Nesta manhã, denúncias anônimas levaram as equipes da especializada a uma casa no Jardim Aero Rancho, que servia de esconderijo para o guarda.

O endereço, segundo a delegada, pertence ao irmão de Valtenir. No local, os policiais encontraram fardas do suspeito e até a carteira funcional dele, no entanto, quando as equipes chegaram, ele não estava mais na residência. A suspeita, é que ele tenha percebido a movimentação e fugido minutos antes.

“Ele é um agente de segurança treinado. É frio, calculista e esperto”, afirma Sueyli Araújo. Conforme as investigações, além do irmão, outros parentes estão acobertando o guarda municipal. Para a reportagem, a delegada reforça que a atitude do foragido coloca em perigo a própria família, que pode responder por favorecimento pessoal. “Alguns familiares estão temerosos de falar, porque estão sofrendo represália da população”, conta.

Equipes do Garras e da Deam na casa apontada como esconderijo do suspeito (Foto: Divulgação)
Equipes do Garras e da Deam na casa apontada como esconderijo do suspeito (Foto: Divulgação)

Mortes – Por volta das 23h de sábado, dia 29 de fevereiro, Valtenir foi até uma casa no Jardim Noroeste, em Campo Grande, onde Maxelline participava de um churrasco. No portão da residência, ele foi atendido por ela e a amiga Camila Telis Bispo.

Os dois discutiram, e o guarda atirou na cabeça de Maxelline. Camila saiu correndo, foi atingida nas costas e o marido dela, Steferson Batista de Souza, saiu da casa para ver o que estava acontecendo e também foi baleado. Ele e Maxelline morreram a caminho do hospital.

A Justiça de Campo Grande já decretou a prisão preventiva do guarda municipal, mas ele ainda não foi encontrado. Nas redes sociais de Valtenir Pereira, há textos em tom de despedida. Com a descoberta de hoje, a polícia confirmou a hipótese de que o suspeito está vivo e ainda na Capital. “Tínhamos certeza desde o início que ele estava em Campo Grande”.

Operação – Conforme o site Metrópoles, a operação é uma iniciativa do Fórum Permanente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (ConCPC).

Ao todo, mais de 2 mil policiais participam das ações, que acontecem nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; além do Distrito Federal.

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