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Capital

Polícia ouve testemunhas do caso do segurança morto em frente a bar

Ana Paula Carvalho | 13/09/2011 14:58
Segurança foi morto em frente a bar onde trabalhava. (Foto: SImão Nogueira)
Segurança foi morto em frente a bar onde trabalhava. (Foto: SImão Nogueira)

O delegado da Polícia Civil, Fábio Sampaio, ouviu sete pessoas na manhã desta terça-feira (13) sobre o caso do segurança Jhon Eder Cortiana Gonçalves, de 33 anos, morto em frente ao bar onde trabalhava na madrugada do último domingo.

Todas as pessoas ouvidas até agora são funcionários do bar Voodoo, onde Jhon trabalhava de segurança desde o ano passado.

Ainda nesta tarde, o delegado vai ouvir mais testemunhas. “Nós estamos investigando para esclarecer o que realmente aconteceu dentro do bar”, afirma. O estabelecimento não tem circuito interno de monitoramento.

De acordo com o delegado, apenas as mulheres não foram revistadas na porta de entrada do local, no dia em que o crime aconteceu. A polícia trabalha com a hipótese de que o revólver calibre 38 utilizado para matar Jhon estava escondido no carro de um dos envolvidos.

No domingo, Diego Ferreira de Souza, de 23 anos, disse à polícia que entrou no bar com a arma. Ele também confessou ter disparado contra o segurança, mas de acordo com o delegado, testemunhas apontam Janquiel Marques da Silva Júnior, 22 anos, como autor dos disparos.

Ainda de acordo com o delegado responsável pelas investigações, Janquiel e Diego fazem parte da “Gangue do Hip Hop”. Ao todo são 15 integrantes.

O caso - Jhon foi morto com dois tiros, um no peito e outro na nuca, por volta das 03h deste domingo em frente ao bar Voodoo, localizada na rua 13 de junho, onde trabalhava como segurança.

Colega do trabalhador, João Antônio dos Santos Cardoso, 22 anos, testemunhou o caso. Ele conta que em um determinado momento um dos rapazes presos pegou sem pedir uma garrafa de vodka do bar.

Ele tentou conversar com os clientes, mas um acertou uma garrafada em sua cabeça. O que deu início a um briga. Outros seguranças do local retiraram os jovens do bar e levaram para a rua.

Os rapazes passaram a danificar veículos que estavam estacionados na via pública. Jhon Eder saiu da casa noturna para conter os autores e acabou atingido por dois tiros.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas o segurança chegou morto na unidade de saúde do bairro Coronel Antonino. Jhon Eder trabalhava no local desde que o bar inaugurou, no ano passado. A esposa dele era caixa e ajudava na limpeza do bar. Colegas da vítima não deixaram a mulher ver o marido ferido. O casal tem uma filha de seis anos.

Diego Ferreira de Souza, de 23 anos, e Janquiel Marques da Silva júnior, 22 anos, foram presos e autuados em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe. Diego confessou ter atirado no segurança. Ele ainda relatou que já entrou na casa noturna armado.

Mesmo Diego tendo confessado, testemunhas afirmar que foi Janquiel quem atirou. Os dois passaram por exame residuográfico para identificar quem efetuou os disparos. Eles foram presos pela Polícia Militar quando já estavam na Afonso Pena com a avenida Bandeirantes.

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