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Capital

Polícia pede laudo complementar do lixão e deve ouvir testemunhas na próxima 2ª

Paula Maciulevicius | 05/01/2012 20:45

Pais do menino, trabalhadores, responsáveis pelo lixão e ainda o amigo que estava com ele no momento da tragédia estão na lista de depoentes

Polícia abriu inquérito no dia em que corpo foi encontrado. Depoimentos começam na próxima 2ª. (Foto: João Garrigó)
Polícia abriu inquérito no dia em que corpo foi encontrado. Depoimentos começam na próxima 2ª. (Foto: João Garrigó)

A Polícia pediu laudo complementar do lixão, cenário do soterramento que terminou na morte do menino Maikon Correia Andrade, 9 anos, no último dia 28. A perícia já apresentou os laudos feitos no momento em que o corpo da criança foi localizado, mas o delegado responsável pelo caso quer visualizar outros itens a serem investigados.

“A nova perícia vai apurar o contexto geral do aterro”, explicou o delegado Jairo Carlos Mendes.

Pais do menino, trabalhadores, responsáveis pelo lixão e ainda o amigo que estava com ele no momento da tragédia e que só não foi soterrado porque conseguiu fugir com a ajuda de um catador, também será ouvido. A previsão é de que os depoimentos comecem na próxima segunda-feira.

História - O desmoronamento de parte do lixão na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, soterrou uma criança, na tarde de quarta-feira, dia 28. O menino de 9 anos estava junto com outras crianças num lugar chamado de barranco, dentro da montanha de lixo.

A busca começou por volta das 16h30, após trabalhadores verem a criança ser soterrada. No local estiveram três ambulâncias do Corpo de Bombeiros e uma do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência). Catadores de lixo que atuam no local viram quando as crianças estavam no barranco e um caminhão chegou para despejar entulho.

O lixo foi empurrado para o barranco por uma máquina, como é praxe e, nesse momento, conforme contaram os trabalhadores, houve o desmoronamento em direção às crianças.

O corpo de Maikon só foi localizado no final da manhã de quinta-feira, depois de 20h de buscas. Quando o catador José Vilmar de Lima, de 49 anos, lançou do alto do lixão, uma pedrinha, indicando para os operários das escavadeiras, onde o corpo deveria estar.

A operação de busca – em meio a toneladas e toneladas de lixo, chorume e degradação – contou com 15 bombeiros, três escavadeiras e oito operadores de máquinas.

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