Prefeitura afirma que guarda seguiu protocolo após ser agredido
Paciente chegou a ser levado para a delegacia por desacato
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Um guarda civil metropolitano e um paciente se envolveram em uma confusão na UPA do Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. A Prefeitura afirmou que o agente agiu conforme os protocolos após ser agredido durante atendimento prioritário a um cadeirante. O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, que aguardava atendimento há horas após sofrer acidente, questionou a prioridade e foi empurrado contra a parede. Ele foi autuado por desacato e pretende registrar boletim de ocorrência contra o guarda, que teria o acusado de simular as dores.
A Prefeitura de Campo Grande se manifestou, nesta terça-feira (21), sobre a confusão envolvendo um guarda civil metropolitano e um paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino. Em nota, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) informou que o agente apenas interveio e chegou a ser ofendido e agredido durante a ocorrência.
Segundo o comunicado, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) “precisou intervir em uma situação de desordem causada pela exaltação de um cidadão”, e o servidor “atuou conforme os protocolos para garantir a segurança de pacientes e servidores”.
A Sesdes reforçou ainda que as ações da GCM “têm caráter preventivo, baseadas no respeito aos direitos dos cidadãos e na preservação da ordem e do bem-estar coletivo”, além de repudiar qualquer tipo de violência ou desordem.
O caso aconteceu no fim da tarde desta segunda-feira (20) na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande. O servidor deu prioridade a outro homem em cadeira de rodas que havia acabado de chegar. O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, questionou a ação e acabou sendo empurrado contra a parede.
Rogério contou que aguardava atendimento desde o meio-dia, após sofrer um acidente de moto enquanto trabalhava. Ele afirmou que a discussão começou quando perguntou ao guarda se o recém-chegado seria atendido primeiro.
“Eu estava aqui há horas, com dor na perna e esperando atendimento. Só perguntei por que outro paciente passou na frente. Ele me acusou de estar fingindo e veio para cima de mim”, disse.
Segundo o mototaxista, o guarda o agarrou pela camisa e o empurrou. “Mostrei a cicatriz da cirurgia e expliquei que sentia dor. Ele disse que eu estava mentindo, me empurrou e gritou. Eu estava gravando e não reagi”, relatou. Rogério contou que, durante a confusão, uma mulher desmaiou ao pensar que a irmã havia sido agredida. “Ele ainda foi até ela e puxou o pé, dizendo que ela estava fingindo também”, afirmou.
A irmã da paciente explicou que a mulher, já debilitada, se assustou com o tumulto. Rogério disse que não recebeu o atendimento adequado e que o tempo para sutura do ferimento na perna havia sido ultrapassado.
“Estou com o joelho aberto, com corte profundo. Fui acusado de fingir dor e, no fim, vou ser levado à delegacia por desacato. O único erro foi questionar a atitude dele”, declarou.
O mototaxista contou que sofreu um acidente enquanto trabalhava e foi por conta própria até a unidade. “Eu não vim de ambulância porque achei que não fosse grave. Só que cheguei aqui e já são quase seis da tarde e nada. Ainda passo por isso”, lamentou.
Rogério disse que chegou a ser levado para a delegacia e autuado por desacato. Nesta terça, ele disse que registrará boletim de ocorrência. "Eu era a vítima ali e ainda saí como errado".
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